5. O Dia de Santo Antônio

6.7K 549 1K
                                    

Oie!!

Chegamos ao fim dessa história, mas ontem postei outra shortfic, o nome é Shanghai e gostaria muito que vocês dessem uma olhadinha! Para quem gosta de uma safadeza, recomendo super

Boa leitura❤️

🍉

Um mês havia se passado desde que Harry chegara na fazenda e aquele período foi recheado de boas memórias e momentos alegres ao lado de Louis. Muito carinho era compartilhado entre os dois e se viam praticamente todos os dias nos cafés da tarde ou jantares e, se não pudessem ter aquelas refeições juntos por algum motivo, Louis aparecia na casa de Harry na calada da noite apenas para trocar beijos ardentes com seu belo vizinho.

Estavam em uma bolha de paixão e alegria, coisa que Harry nunca imaginou encontrar naquele lugar campestre. Não foi para lá em busca de um amor, seu objetivo era apenas ter outra perspectiva de vida e realmente tinha, aprendera bastante com seus vizinhos e a vida no campo não parecia mais um bicho de sete cabeças como achou que seria. Era feliz ali, vivendo daquela forma pacata e bucólica, cuidando das suas plantinhas – ele estava planejando um jardim – e tendo os lucros da venda das melancias que iam para a cidade grande.

A experiência estava sendo incrível, achara que tinha enriquecido tanto como pessoa, era tão bom notar como estava evoluindo ali. Não que na cidade grande fosse ruim, tinha uma vida ótima em Belo Horizonte, mas andava sempre estressado e querendo socar alguém e ali não. No campo tinha calma, simplicidade e alegria com coisas pequenas, como o florescer de algumas plantas. Nunca prestara atenção naquilo, apesar de ser botânico, sempre esteve focado em seus estudos e não reparava muito nas plantas que tinha em casa. E era fantástico poder acompanhar o desenvolvimento delas dia após dia, de pertinho.

Quando chegou, achou que não aguentaria ficar um mês ali sem querer voltar imediatamente para BH, mas ao final daqueles trinta dias soube que não desejava voltar para a capital tão cedo. Vivia bem ali, sentia-se seguro naquela fazenda, podia ficar até tarde sentado fora de casa ou com a porta aberta. Havia paz no campo e outro ponto que o deixava feliz era poder ver bem as estrelas durante a noite, aquilo não tinha preço. Conseguia ver nitidamente os pontinhos prateados no céu noturno e sempre ficava observando da janela de seu quarto. Era tão bonito.

Via tanta beleza naquele ambiente, sem as distrações da cidade para desviar sua atenção do que realmente importava. O céu, a paisagem sem prédios ou poluição, o riacho de águas limpas com peixinhos e não podres e cheios de lixo. Claro que tudo era mais difícil no campo, Harry reconhecia que sim, certas coisas só se encontravam em Uberlândia ou Uberaba, que eram as duas cidades mais próximas dali, a quase quatro horas de viagem. Mas mesmo com as dificuldades em conseguir certas coisas, era bom viver ali. Ele gostava.

Não poderia dizer se ficaria no campo para sempre, ainda era cedo para dizer e para sempre era muito tempo. Por ora, ficaria ali e se entregaria ainda mais ao estilo de vida pacato que experimentava, ao lado do seu belo caubói dono dos lábios mais doces que já provara. Louis.

Naquele fim de tarde, Harry estava de joelhos na grama, revirando mais uma porção de terra misturada com esterco para plantar mais algumas mudas. O sol já se punha no horizonte e ele sabia que tinha que se apressar, a festa da paróquia começaria às oito, depois da missa, e tinha combinado com Louis de se encontrarem às seis e meia para que fossem assistir à missa juntos.

Era dia de Santo Antônio e a festa daquela noite marcava o início das comemorações juninas, a paróquia já tinha confirmado que até o fim do mês teria quadrilha e quermesse todo sábado. E era praticamente obrigatório ir a caráter, com botas e camisa xadrez, e Harry tinha que confessar que estava ansioso para ver seu caipira daquela forma.

Leite & Melancias | Larry StylinsonOnde histórias criam vida. Descubra agora