Capítulo 57

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Em menos de uma hora eu tive uma sequência de notícias, meus pais estavam metidos com drogas, meus pais estão presos, meu pai morreu envenenado em seu primeiro dia preso

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Em menos de uma hora eu tive uma sequência de notícias, meus pais estavam metidos com drogas, meus pais estão presos, meu pai morreu envenenado em seu primeiro dia preso.

Eu estou me sentindo mal, não por ele ter morrido, mas sim por eu não ter sentido nenhum pouco a morte dele.

Me liberaram do internato pro sepultamento dele, uma mulher desconhecida mandada pela justiça veio me buscar. Em poucos minutos estávamos em frente a um cemitério.
Ela foi me conduzindo até o local que meu pai seria enterrado.

Vi meu avô com a mãe de Shivani, e a própria Shivani em frente a um caixão, meu avô chorava a morte do filho.

Do outro lado tava minha mãe, as mãos algemadas para a frente, a expressão neutra.
Puxei um ar dos meus pulmões e andei até ela, toquei em seu ombro, ela se virou para mim.

— Filha? O seu pai...

Ela escorou a cabeça no meu peito, minha mãe chorou que chegou a soluçar na minha camiseta.

— Filha me desculpe, eu não tinha envolvimento com nada disso, eu juro Joalin.

Olhei para Shivani, ela encarava a cena com atenção. Eu não abracei minha mãe, continuei estática paralisada.

— Mãe a gente conversa depois tudo bem?

— Sim, sim meu amor.

Ela se desvinculou, meu coração tava apertado, apesar de tudo eu amo minha mãe, ela sempre foi tão boba pelo meu pai, no fundo eu não acredito que ela era envolvida nisso com ele.
Passei meus dedos secando as lágrimas dela e deixei um beijo em seu rosto.

Fui até meu avô e o abracei, abracei também a mãe de Shivani, depois olhei para Shivani, apenas baixei minha cabeça e coloquei as mãos dentro dos bolsos da minha calça.

— Pode falar com ela, rapidamente. — A assistente social me autorizou.

Fui até Shivani e a abracei forte, e então pela primeira vez desde que recebi a notícia eu chorei, tinha tanta coisa dentro de mim, me incomodando, e eu não conseguia me desfazer daquele péssimo sentimento.

— Você tá bem?

— Eu tô me sentindo mal por não ter sentindo a morte dele.

Falei baixo apenas pra Shivani ouvir.

—Joalin isso não faz de você alguém sem sentimentos, ele nunca demostrou ao menos afeto por você.

Eu ainda estava grudada em Shivani, ouvi um pigarro da assistente e me desvinculei rapidamente. Passei as costas da minha mão nos meus olhos secando as lágrimas.

Enfim olhei para o caixão, via apenas o rosto do meu pai através de um pequeno vidro.
Encarei o rosto dele, parece que agora você não é mais o todo poderoso que moveria céus e terra para destruir minha vida né pai?

𝐈𝐧𝐭𝐞𝐫𝐧𝐚𝐭𝐨 Onde histórias criam vida. Descubra agora