Capítulo 1.

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Chat Noir corria animado em direção da Torre Eiffel.

Com uma rosa vermelha e uma vasilha de lasanha em mão, ele tentava se equilibrar enquanto saltava com seu bastão.

O vento bagunçava mais os seus cabelos, e no seu rosto tinha um sorriso feliz, porém apreensivo.

Seu coração batia rapidamente como nunca batera antes. O clima em Paris parecia perfeito para o dia de hoje.

O dia da grande revelação.

Pensar nisso fazia o loiro sentir como se um tiro de coisas boas atingisse seu peito. Sua ansiedade estava a mil.

Desde semana passada, no sábado, ele passava as palavras de Sua Lady em sua mente.

Perdeu noites de sono por isso. Levou bronca dos professores e do pai por estar tão distraído.

Mas não ligava.

Novamente as palavras da garota brotaram em sua mente, e por impulso, ele parou de correr. Colocou uma mão no peito e sorriu alegremente.

Flash Back On.

Aquele dia tinha sido muito cansativo para ambos. Tinham lutado com um akuma e um sentimonstro, complicando tudo mais ainda.

Eles olhavam o pôr do sol no alto da Torre Eiffel. Era sábado. Seria um dia magnífico, se seus planos não tivessem sido arruinados por Hawk Moth.

Chat encarava Ladybug, admirando sua beleza. Por mais que soubesse que devia desistir dela, não conseguia ignorar tamanha perfeição em seu lado.

— Pare de me olhar assim, está ficando estranho! — Ladybug pediu enquanto ainda mantinha os olhos fechados. O loiro corou, mas logo se recompôs.

— Não consigo. Você é... Muito linda — ele demorou para expressar o que queria dizer.

— Muito obrigada, mas não é algo que eu já não saiba. — a heroína tentou ignorar a pequena vermelhidão em suas bochechas, empurrando o ombro do amigo com o seu.

Ele a olhou com cara de tédio, e ela soltou uma risada.

Logo ela cessou o riso, ficando séria. Olhou para seu colo, brincando com suas mãos enluvadas.

— Preciso te contar uma coisa... — a mestiça sussurrou — pedir também.

— O que foi? Você descobriu que me ama e quer me pedir em namoro? — Chat perguntou na brincadeira, se surpreendendo quando a menina corou.

— Bobo! Não é nada disso! Mas o que custa sonhar, não é, gatinho? — Ladybug virou seu rosto para ele, que deu língua para ela — enfim... É um assunto sério.

Ambos ficaram em silêncio. Então o gatinho pegou a mão de sua parceira, e sorriu.

— Acima de tudo, somos parceiros, amigos, aliados. Tudo que você quiser, até namorados também... — ele murmurrou a última parte, fazendo ela revirar os olhos — o que quero dizer, é que pode contar comigo para tudo. Não tenha medo, sou só eu.

Chat Noir deu um de seus melhores sorrisos encorajadores para a menina, que por um segundo se derreteu. Logo ela limpou a garganta e retribuiu o sorriso.

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