Novo Universo

16 1 0
                                        

    Quando acordei do sono induzido, eu estava deitado em minha cama, mas tinha algo deferente em meu quarto, as paredes pareciam novinhas, tudo parecia reformado, eu não estava mais com o terno preto de meu pai e os meus olhos não estavam mais inchados de tanto chorar, a flor amarela estava lá na janela, que era uma janela maior do que tinha antes, eu não estava entendendo nada, fiquei ,ais confuso ainda quando fui para a sala, estava tudo tão novo, tudo arrumado, vi minha mãe, que deu um beijo em minha bochecha quando cheguei perto, a casa inteira parecia maior, mais linda, será que eu ainda estava sonhando? Minha mãe disse que eu iria me atrasar pra faculdade se não fosse se arrumar logo e eu estranhei, a faculdade estava de luto por Bruno.

   A caminho da faculdade tive muitas surpresas, a cidade estava linda, reformada, uma cidade decente, tudo estava mais colorido, as pessoas estavam mais alegres, ate a minha bicicleta que eu estava usando estava bem cidade, eu estava extremamente confuso com tudo aquilo, pelo menos a faculdade não tinha mudado, pois ela sempre foi linda e colorida, chegando lá eu encontro Alice, Lucas e entrei em choque quando vi Bruno, ali vivinho da Silva, eu corri e lhe deu um abraço bem apertado e comecei a pedir desculpas por tudo, Alice, Lucas e ele começaram a rir, disseram que eu estava estranho, que talvez eu tivesse bebido alguma cerveja, mesmo sabendo que meu aniversario é daqui a dois dias, foi ai que eu fiquei confuso, o Bruno, o funeral, a flor... tudo isso foi no dia do meu aniversário, mas como é possível que eles disseram que ainda faltam dois dias, como é possível que Bruno ainda esteja vivo e a cidade toda diferente, eu não estava entendo nada.

   Não consegui pensar em nenhuma aula, que por sinal eram as mesma de dois antes do meu aniversário, dia em que fui para casa de Bruno e logo após ele se suicidou, então era isso? Será que o universo está me dando uma segunda chance? Talvez, logo na saída Bruno me convidou para ir a casa dele, assim como fiz com os outros, eu aceitei, não passei em casa dessa vez, fizemos exatamente as mesmas coisas que havíamos feito naquele dia, mas dessa vez, eu não fui embora e dormi lá junto com ele, como não tinha outra cama, ele queria dormir no chão, mas eu disse que poderia dormir do meu lado se quisesse, ele ficou envergonhado, mas veio até mim e se deitou, ele me abraçou pelas costas, estávamos literalmente como um casal prestes a dormir e foi isso que fizemos, dormimos.

   Eu acordei com um susto enorme, eram 5 da manha e Bruno já estava de pé e estava me chamando para ir pra faculdade, eu tomei café ali mesmo, me despedi dele e fui para casa para arrumar minha mochila e trocar de roupa, chegando em casa, minha mãe estava lá como o de costume costurando, bem, tudo estava muito diferente, mas eu achava aquilo tão normal, como se tivesse convivido com aquilo o tempo todo, levei um pouco de agua para a flor, quando terminei de regala, ela começou a brilhar como antes mais uma vez, eu entrei em desespero, não sabia o que fazer, então fiz a mesma coisa que havia feito antes, toquei nela e de repente eu estava naquele lugar totalmente branco mais uma vez, mas desse vez eu estava cociente, e do nada uma voz fala:

   — Alex, você sempre foi uma pessoa insatisfeita com sua vida, eu tentei concertar isso pra você.

   — Quem é você? Perguntei.

   — Sou a consciência do seu universo natal.

   Eu fiquei confuso com aquela resposta e fiz mais uma pergunta que veio em minha cabeça:

   — Como assim? Universo Natal?

   —Você não sabe não é, nunca acreditou não é, com a explosão do big bang infinitos universos forma criados, que se expandem em direções diferentes, cada um deles tem o seu próprio sistema solar e a sua própria Terra, cada universo tem uma consciência e eu sou a consciência do seu universo natal, em que você pretendia tirar a vida. Eu te trouxe para esse universo, tentando responder as respostas que você sempre me fazia, eu via que você não gostava muito de sua vida, principalmente quando Bruno morreu. Fui eu que enviei aquela flor amarela para você ela é o portal para esse lugar, se chama universo de transição, ele é um universo que só serve par que os universos se conectem entre si, sempre mantendo uma ligação, mas isso que eu fiz pode trazer graves consequências a nós dois, o universo de transição tem uma consciência que é muito fraca, então ele detecta você aqui, mas se ele perceber que você não é você de verdade, esse universo e o seu universo natal podem entrar em colapso e deixarem de existir. A sua dor a sua tristeza foram a brecha que eu conseguir te tirar dali, se você quiser voltar, você precisa criar outra brecha, mas diferente da anterior.

   Eu fiquei um pouco confuso, mas entendi tudo, o universo realmente me ouvia. Depois de tudo isso eu fechei os olhos e quando abri estava no momento em que ia tocar na flor que já não brilhava mais, lembrei da faculdade e fui me arrumar correndo, quando cheguei, o clima não era o mesmo de quando eu estava no universo natal, todo estava feliz, aproveitando os últimos momentos das férias, lá estavam Alice, Lucas e o vivíssimo Bruno, me esperando para mais um dia de faculdade, eu não sabia se queria ficar ali ou voltar, será que alguém viu o bilhete que eu deixei? será que alguém está preocupado comigo? será que eu devo voltar lá? Essas perguntas martelavam em minha cabeça e eu não sabia o que fazer ou pra onde fugir, mas eu tinha que me manter firme, eu estava pondo em perigo a existência de 2 universos inteiros e não podia bombear e passei mais um dia de terça feira como qualquer outro que já tinha vivido antes, tirando o fato de que amanhã seria meu aniversario e que eu comemoraria pela segunda vez seguida.

Entre UniversosOnde histórias criam vida. Descubra agora