Finalmente, o Fim

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Finalmente, o fim de mais um ano, foi um dia bem melancólico por sinal, quase todo mundo estava chorando na despedida, os professores se uniram pra passar uma mensagem de objetivo alcançado, não vou negar que deixei cair algumas lagrimas, ninguém é de ferro não é mesmo. fui embora me sentindo realizado, mais uma etapa foi concluída, eu estava com meus amigos, estava feliz, acho que esse universo é minha escolha, não tenho certeza, mas eu me encontrei aqui.

A caminho de casa com meu amigos sou surpreendido com um convite, Alice iria viajar para Fortaleza no Ceara e queria que todos os amigos fossem junto (inclusive eu), bem, eu nunca tinha viajado antes, inclusive para um lugar tão longe (tirando o fato de que eu viajei entre um universo e outro). ela disse que ficaríamos na casa de verão da família dela, que tinha vários quartos e ficava bem perto da praia, eu nunca tinha visto o mar de perto antes, seria uma experiência ótima por sinal.

Quando fui falar com minha mãe de alguma forma (Alice havia contado) ela já sabia e tinha permitido, eu nunca saia tanto de casa, então isso já era o suficiente para que ela permitisse minha saída pra qualquer lugar, bem, a viagem seria amanha, iriamos por aeroporto de ônibus e seguiríamos pra Fortaleza de avião, meu Deus, eu nunca tinha andado de avião, eu estava nervoso, porque varias primeiras vezes iriam acontecer nessas férias, não consegui dormir essa noite de tanta alegria, 4 horas da manha e Alice junto com a turma toda já estavam a minha espera do lado de fora com o ônibus, eu já tinha arrumado todas as minhas malas, então tomei um banho rapido, vesti e roupa leve e fui correndo pra lá, além de  Bruno e Lucas, tinha também varias outras pessoas que eu não conhecia, Alice tinha me mostrado imagens da casa e vi que tinha quartos de sobra, um quarto para duas pessoas, bem, eu não sabia quem dividiria o quarto comigo, eu acho que a escolha vai ser uma espécie de sorteio, enfim, as coisas da Alice ficam sempre arquitetadas na cabeça dela e nós só sabemos quando chega o momento certo, a viagem até o aeroporto foi calma e rápida, nunca tinha ido a um aeroporto antes, era meio estranho pra mim, o detector de metais, parecia que aquilo era pra porta pra um julgamento e se o senso apitasse você seria morto (eu e minhas paranoias). 

Quando o avião decolou, eu gelei de medo, comecei a tremer, estava passando vergonha, mas enfim, fazer o que, quem estava sentado do meu lado era Lucas, eu me lembrava que cada segundo que passei com ele no dia do meu aniversario, pensar que eu perdi minha virgindade com ele me deixava nervoso quando ele chegava perto de mim, eu pensava que ele não havia gostado daquela noite, desde lá, nunca tive coragem de perguntar nada, não tiramos um tempo para conversar, mas ali era minha chance, meu momento, então cochichando em seu ouvido eu disse:

 — Você gostou do que aconteceu na noite do meu aniversario? 

 — Pra falar a verdade, eu adorei, que tal um "bis" depois? Disse ele.

 — Claro que sim. Respondi

Me senti aliviado em saber disso, talvez seria um sinal de que ele realmente gostasse de mim, bem, estávamos a vários quilômetros acima da superfície do planeta e eu estava aqui perguntando se alguém tinha gostado de trasar comigo, bem inusitado, o frio na barriga havia sumido, talvez conversar com Lucas me deixou mais calmo e confiante, então, encostei minha cabeça em seu obro e ele retribui encostando sua cabeça na minha, e ali ficamos por horas, conversando sobre besteiras, nem percebemos o tempo passar, quando vimos já estávamos chegando ao nosso destino, o avião começou a descer e o frio na barriga retornou, deu um abraço bem forte no Lucas, como se estivéssemos prestes a morrer, não exatamente isso que aconteceu (ainda bem), mas foi que eu estava pensando. A primeira a se levantar foi Alice, quando vimos, ela já estava lá na frente, gritando e chamando todo mundo, havia outro ônibus que nos levaria até essa tal casa de praia, a viagem também não foi tão longa e logo já estávamos na tal casa, ela era realmente enorme, talvez o objetivo fosse realmente abrigar varias pessoas nas férias, bem pensando, de repente Ana surge com papeis e os coloca em seu chapéu que está virado de cabeça pra baixo, da uma remexida e tira um, e adivinha o nome que estava escrito nele, sim o meu, fiquei nervoso, ela disse que agora iria escolher com ficaria no mesmo quarto que eu, tirou mais um papel do chapéu e, não, não era o Lucas como eu imaginava, era de uma garoto chamado Ricardo, eu não conhecia, mas pelo que eu vi dele durante a viagem, ele era um cara bastante legal e simpático, então eu acho que daria pra aturar, fomos para o quarto grudar nossas coisas e ele se apresentou.

 — Prazer, Ricardo. Disse ele.

 — O prazer é meu, Alex. Respondi.  —  Você parece ser bem legal. Completei.

 — Obrigado, você também. Falou ele com um claro tom de vergonha.

Deitei na cama do meu lado do quarto, era um quarto bem grande, que era meio que dividido em dois, os dois lados era praticamente simétricos contento os mesmo moveis, Ricardo deitou na cama também e ficou olhando pra mim, eu olhei para ele, mas desviei o olhar, senti que o clima de timidez estava pairando sobre nós. Durante toda a viagem, não dormi, então meus olhos estavam pesados e quando percebi já estava dormindo.

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⏰ Última atualização: Jan 14, 2021 ⏰

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