Annabelle Riddle e a descendência do mal

Prólogo

A chuva caía com força nas janelas do Orfanato di Vigario. Susan estava sentada no sofá, não conseguia dormir. Ela era uma garota roliça, com cabelo loiro longo escorrido pelos ombros. Tinha dez anos, e desde os cinco vivia no orfanato. Seus olhos azuis refletiam a tempestade turbulenta do lado de fora.

Já era de madrugada, e então a campainha tocou. Susan ficou assustada. Quem seria naquela hora? Mas, foi atender. Quando abriu a porta, viu uma moça muito bonita, os cabelos negros encharcados e grudados na pele eram longos, e os olhos verdes profundos, porem gélidos. Seu rosto era fino, e requintado, mas sua expressão era de desespero. Ela carregava um pequeno embrulho em um tecido rosa, e logo Susan percebeu que era um bebê. A única coisa que Susan ouviu sair da boa da mulher foi uma palavra que ela nunca havia ouvido... "Imperio".

Nesse momento, Susan sentiu que seu corpo não pertencia mais a ela. Era como se não controlasse seus movimentos. A mulher misteriosa lhe entregou o bebê, e a menina o pegou. Não queria ter feito isso. Foi involuntário. Logo, Susan olhou para o bebê. Tinha os mesmos olhos verdes da mulher, e eles a encaravam. Então, de repente, a sensação do seu corpo não pertencer a ela parou. Susan olhou para frente e a mulher não estava mais lá. A menina fechou a porta assustada, e gritou por ajuda. Logo, havia despertado todo o orfanato. A diretora desceu a escadaria e perguntou para Susan o que havia acontecido, mas as palavras não saíam. A única coisa que fez foi entregar o bebê para a diretora. O orfanato não sabia que haviam acabado de receber a herdeira do mal.