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As piores coisas da vida vêm de graça para nós.

Atenção!!! Capítulo sensível para alguns leitores. +18

Dasha Dunay

Alguns dias antes

"As mãos asquerosas de Hartmut percorrerem todo o meu corpo agora nu. Ele me analisa com um olhar esfomeado como se fosse atacar uma presa e logo sinto meu estômago se embrulhar com as sensações que estou sentindo. Então me segura com seu forte braço e me joga no sofá gelado da zona vip, agora vazia, colocando todo o peso do seu corpo sobre o meu, então aperta meu pescoço e solta mais uma das suas frases nojentas "Você é uma putinha deliciosa".
Sinto um asco tão grande que seria capaz de vomitar aqui mesmo. Ele desce para meus seios e os mordisca com força fazendo-me arfar de dor. "Vou comer você até não aguentar mais sua vagabunda" então ele me penetra de uma só vez me fazendo ofegar, ainda pressionando seu braço no meu pescoço. Ele se movimenta rápido entrando e saindo com muita força como se me quisesse machucar, então puxa meu cabelo de encontro a ele e me beija com promiscuidade. A sua língua me devora por longos instantes até começar a sentir meus lábios dormentes. Volto a respirar quando ele tira sua boca nojenta da minha. Ele segura meu queixo e continua falando palavras sujas. Hartmut para de socar e sai de dentro de mim me jogando no chão, de seguida se levanta e goza no meu rosto, sem interrupção empurra seu pau na minha boca e rosna delirando de prazer. "Toma leitinho sua putinha safada" ele fala enquanto puxa meus cabelos e me faz engolir seu pau até ficar sem ar. Eu engasgo e tento me soltar do aperto dele. "Onde você pensa que vai vadia? Se eu estou pagando é porque quero o serviço completo!" ele cuspe as palavras e me dá um forte tapa fazendo meu rosto ir de encontro ao chão. "Esse é o seu lugar vagabunda" então me arrasta pelo chão, pega em mim e me coloca de bruços numa mesa. Logo sinto ele entrando em mim ainda com mais força enquanto espanca minha bunda. Então coloca seus dedos na minha boca fazendo movimentos de vai e vem, com seu outro braço prende meu pescoço e sussurra no meu ouvido. "Você tem que aprender a ser uma putinha mais obediente". E é aí que a minha ficha cai. Estou me sentindo como uma puta. Fazendo sexo em troca de dinheiro. Reprimo as lágrimas que insistem em querer sair e faço a minha expressão mais falsa. Não lhe vou dar esse gostinho. Ele solta-me de repente fazendo-me cair abruptamente sobre a mesa e deposita uma grande quantidade de dinheiro sobre a mesma, logo a seguir lança mais algumas notas para o ar como se para ele aquilo se tratasse de migalhas. Então acaba de se ajeitar e sai do recinto como se nada fosse. Choro copiosamente ao perceber que fui abusada e humilhada como nunca antes."

Atualmente

A vida sempre me ensinou a ser dura, a ser esperta e a lutar pelo que queria. Cresci em meio ao caos, em uma cidade perigosa na Turquia, onde os costumes e tradições pareciam estar sempre contra mim. Aos 23 anos, já tinha visto mais do que muitos veriam em toda a vida. Minha infância foi um pesadelo que, até hoje, deixa cicatrizes em minha alma.

Aqui estou eu, mais uma noite, no meu posto nesta discoteca sombria na parte mais perigosa da cidade. Pode ser difícil de acreditar, mas não há muita diferença entre mim e as luzes pulsantes que piscam no teto. Somos todos parte da mesma dança hipnótica, presos em um ciclo que parece não ter fim.

Percorro a diskotek com o meu copo transbordando na mão. Bebo um gole e o pouso sobre o balcão. Vários olhares estão sobre mim e apesar de estar acostumada isso ainda me incomoda. Uma música animada começa a tocar e as luzes cintilantes que iluminam o caminho para a pista de dança também lançam uma sombra sobre minha existência. Homens com olhares famintos e sorrisos predatórios passam por mim a cada minuto, como se eu fosse apenas mais uma peça na paisagem noturna. E talvez eu seja. Talvez eu me tornei isso, um objeto para satisfazer os desejos efêmeros desses estranhos.

Uma Nova VidaOnde histórias criam vida. Descubra agora