Desejo de Natal

1. Então é natal ? 🎍❄

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Rio de Janeiro, 19 de dezembro.

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Uma festa de alto patrão acontecia em um requintado salão de festas de Copacabana.

A lua alta no céu dava um charme a mais na noite quente de verão. Ali era um desfile constante de beldades com seus copos de champanhe.

Filhos abastados da alta sociedade em uma demonstração constante de ostentação.

Eles pareciam fazer parte da decoração ou talvez tão artificial quanto.

Entre esses jovens ricos estava Frederico Schinider filho de um médico cirurgião e uma respeitada psiquiatra.

Frederico era realmente maravilhoso fisicamente. Uma beleza máscula, maxilar marcante, cabelos castanhos sedosos um sorriso branco perfeito.

Frederico estava aproveitando muito aqueles dias. Seus pais foram pra Berlim na Alemanha e só retornariam no início de janeiro.

Cada dia o rapaz trazia uma beldade pra mansão onde vivia só. Naquela noite estava acompanhado de Carolina uma modelo gaúcho loiro e magra.

Eles já haviam feito sexo e cheirado pó o toalete. Mas ambos queriam muito mais.

A modelo beijou o rosto de Frederico e sussurrou em seu ouvido :

_ Me leve pra tua casa gatão lá poderemos terminar o que começamos.

_ Com certeza já ia te fazer esta proposta.

Ele a beijou sofregamente ela abaixou a mão até o volume entre as pernas dele.

Enquanto isso alguns metros dali trablhando como garçom em um quiosque na praia o estudante de sociologia Renan Costa resmungava com sua colega Rebeca.

_ O natal está chegando Rebeca e muitos não poderam fazer uma refeição descente enquanto esse bando de riquinho desperdiça dinheiro.

Renan se referia a uma matéria que Rebeca lhe mostrou no celular. Nela um jovem chamado Frederico Schinider foi presenteado pelos pais com um possante carro esportivo.

_ Ele é tão bonito ! _ Exclamou Rebeca fitando o bonito rapaz sorrindo na foto ao lado do carrão.

_ Deve ser vazio por dentro como todos estes filhinhos de papai.

_ Renan e ele tem culpa de ter nascido rico ?

_ Não. Mas a culpa de viver uma vida superficial onde a indiferença com a desigualdade social impera ele tem sim.

_ Amigo você julga sem conhecer.

_ Rebeca quem muito tem geralmente é quem menos ajuda. A necessidade de consumo pode vir a tornar-se uma compulsão, uma patologia comportamental.

Rebeca suspirou ao ouvir o amigo militar sobre a desigualdade social, consumismo e superficialidade da elite.

No final do expediente Renan pegou sua bike e ia pra sua casa no subúrbio.

Lá Renan dividia a casa com os pais e mais três irmãos.

A decoração natalina estava por toda parte em Copacabana. Renan detestava aquilo. 

O natal pra ele era uma celebração que teve seu significado totalmente modificado. 

A prefeitura do Rio de Janeiro implantou faixas preferenciais para ciclistas nas principais avenidas do bairro.