Loop

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Era uma vezUm garoto na gramaInocente como o solE a luz que emana

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Era uma vez
Um garoto na grama
Inocente como o sol
E a luz que emana

Vive numa redoma
Curioso e intuitivo
Numa conversa eu adoraria
A ele dar ouvidos

Acostumado ele está
A no tédio passar os dias
A única coisa que faz
É conversar com a Sandy e o senhor bolinhas

Quer conhecer o exterior
Ver o que há lá fora
Subir ele sempre tentou
Mas parece que nunca é hora

Ele encontra uma passagem
Que o leva pra baixo do chão
Encontra um subsolo vasto
De árvores, animais mortos e podridão

Ele vai atrás de explorar
Ver se consegue recursos
Para não precisar gastar
Oque há no seu escasso mundo

No meio da expedição
Encontra monstros horríveis
Dizendo para retornar
Que não deveria estar naqueles níveis

Ele ignora, reluta
Vai a procura de cordas
Pra ver se consegue escalar
E ver o que há lá fora

Ele encontra um monstro específico
Rude, mas compreensivo
Não ajuda, mas não atrapalha
Decide que será seu amigo

Enche o saco do monstro
O segue pra todo lugar
O monstro fica tão irritado
Que decide apenas o ajudar

Diz que não o apoia
Querendo sair da redoma
Mas também não nega ajuda
No garoto esperança encontra

Depois de dias relutando
Explorando e construindo
O garoto tem tudo pronto
Agora só resta seguir seu instinto

Ele agradece ao monstro
Que se recusa a sair do submundo
Sobe para o verde de sua árvore
Agora sim vai explorar a fundo

Sobe as paredes
Chega ao grande topo
Chegou a grande hora
De si se sente orgulhoso

É hora de pular
Explorar o grande vácuo
Prepara o planador
Repensa todos seus atos

Não vê nada a sua volta
Apenas vácuo e alguns sóis
Apaga tudo da mente e respira fundo
Oque vier depois ele decide após

Pula para a queda
Começa a planar
No início se anima
Pois não mais está

Preso à redoma
Àquela prisão para a mente
Não está mais sufocado
Está muito contente

Passam algumas horas
Ele cansa de planar
Está preocupado
Pois muito distante ele está

Procura por algo
Nem que seja outra redoma
Medo e ansiedade
Agora vêm à tona

Já se fazem alguns dias
Cansou de ficar planando
Soltou o planador
Não se importa se foi insano

Começa a cair
No grande vácuo faminto
Olhando ele de longe
A angústia do menino eu sinto

Não parece ter fim
Fica tudo sem esperanças
Começa a delirar
A perder suas lembranças

Anos se passam e nada
Ele continua caindo
Já tentou sua vida tirar
Mas efeito não está surtindo

Depois de muito tempo
Perdeu sua sanidade
Acabou a inocência
Que ele tinha com certa idade

Após se perder
Em caos e escuridão
Cai em um lugar
Nem lembrava como era sentir o chão

Uma redoma
Com grama verde
Árvores e um sol
Assim como o lugar que um dia esteve

Não aguenta tanta luz
A vontade é de fugir
Corre pro canto e começa a cavar
Finalmente cava como tanto quis

Agora se esconde
No familiar submundo
A velha criatura o acha
Vê que não é mais astuto

O acolhe e leva pra toca
Onde eternamente vai se esconder
Comparado com a criança de antes
Não existe ali mais um ser





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