Notas inicias:
Obrigada a todo mundo que veio do toktok só pra ler minha ficzinha, prometo atualizar mais frequentemente e responder todos os comentários \0/ Eu amo vocês, gente, de verdade
Hoje é um dia cruel. Sinto muito, hahah, mas é melhor só puxar o band-aid de uma vez.
Capítulo tem onze mil palavras, então, peguem um chá, um café e uma água e tenham certeza que a câmera da Ead não está ligada. Boa leitura! Não esqueçam de me seguir para acompanhar as postagens de one-shots Drarry do projeto Dezdrarry!
[💘]
Hermione Granger é Hermione Granger.
Humana. Garota. Adolescente. Características fundamentais sobre si mesma que todos parecem esquecer. Eles enxergam uma carcaça vazia formada apenas por inteligência e prepotência. Eles enxergam aquilo que ela se dedicou fervorosamente a moldar durante todos os seus dessesete anos de existência. Ninguém fez o esforço de conhecê-la. Ninguém fez o esforço de simplesmente raspar aquele molde fino e ver o que tinha ali embaixo. Ninguém além de seus pais, Jane e Richard Granger.
Então, ela tinha doze anos.
Era o primeiro dia dela naquele colégio. Ela era uma garotinha, usando maria chiquinhas e cheia de sentimentos conflitantes no seu estômago adentrando um prédio enorme, de arquitetura que lhe lembrava as construções mais antigas da cidade, o muro, por exemplo, era feito completamente de pedras. A diretoria tinha a elogiado - ou tentado - pela sua magnífica performance no teste de aprovação para aquela bolsa de estudos. A verdade é que ninguém ali dentro daquela sala esperava que ela conseguisse passar, ninguém além de sua família.
Aquela era uma escola onde pessoas muito ricas estudavam e a sua maioria era tão branca quanto um folha de papel, olhavam para Hermione de cima a baixo como se ela fosse uma estranha, uma fênix dentro da água, um peixe que tinha aprendido a voar. Afastaram-se todos dela como quem se afasta de um enfermo, com medo de contrair sua doença.
Mas Hermione era apenas uma criança como todas as outras.
— Eu não entendo por que tenho que engolir essas coisas. Esses olhares, essa desconfiança! Eu nunca fiz nada de errado. As vezes... As vezes eu só queria poder gritar. — Ela resmungava e pelo espelho do retrovisor do carro, assistiu sua mãe suspirar.
— Você pode e sempre deve se defender, meu amor. Sempre seja a melhor, nunca abaixe a cabeça. Mas, por favor, se lembra do que eu sempre te peço?
— No fim do dia, volte bem para casa.
E ela teve a sorte de cumprir o pedido de sua mãe. Nem todos os filhos voltam bem para casa no fim do dia - e é doloroso, a realidade é. Crua e fria.
Havia uma garota muito estranha na sua classe. Ela era, assim como todos os outros, branca, com muitas sardinhas e, o que diferenciava de muitos, seu cabelo possuía um tom ruivo vivo, era comprido e estonteante, parecia a cauda de uma raposa balançando por aí. Seus olhos azulados perseguiam sua presença como se Hermione fosse a pessoa mais interessante que ela já tivesse conhecido - não era algo hostil, na verdade, era delicado e gentil. E, naquele mar de crianças ricas e esnobes, com os mesmos itens de marca e os mesmos valores mesquinhos, talvez ela fosse mesmo a pessoa mais interessante.
Granger continuou como uma loba solitária.
Até o dia seguinte, ela estava sentada no fundo da van chique do colégio, com os bancos fofinhos e o ar condicionado, as crianças cheias de conversa sobre suas férias, uniformes caros e aparelhos eletrônicos e sabe se lá mais o que. Seria meia hora até a chegada na escola, então, forçou ao máximo seu cérebro a se concentrar no livro de biologia que estava lendo. Não que isso se tratasse de uma atividade difícil. Estudar sobre células, sobre a vida em geral e a forma em que ela sempre se encaixa e se forma - é lindo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
The Most Pretty Stars * Drarry
FanfictionHarry Potter seria o protagonista perfeito para um romance clichê adolescente, contudo seu melhor amigo Ronald Weasley era um garoto trans sem paciência nenhuma para aguentar dramas, sua amiga Hermione Granger era inteligente demais para ser apenas...