Ele era o garoto mais "tudo de ruim" que eu havia conhecido, mas também era o mais "tudo de bom" e isso era o que me complicava, o que fazia ele ser complexo, ele podia ser uma coisa e também oposto dela. Quando eu estava em suas mãos, ele sabia me manusear direitinho, por mais que ele demonstrasse que eu era apenas mais uma, em nossos momentos de intimidade eu podia sentir que não, eu podia. Eu estava me tornando dependente dele, e isso era a pior coisa que poderia acontecer.
Cheguei no portão de casa e logo percebi o carro de meu pai estacionado, sabia que lá viria bomba. Abri o portão lentamente, o mais lento possível, passei pelo jardim e então cheguei a porta de casa, a qual eu abri sem exitar, vamos acabar logo com isso.
Cecília e meu pai estavam sentados no sofá da sala, me esperando Claro.
- Chegou cedo papai - ironizei
- É, nós temos algumas coisas para resolver? Ou acha que eu iria esquecer - ele disse sério. Larguei minha mochila e peguei uma cadeira, a colocando na frente de ambos. Sentei
- Engraçado né pai - falei cruzando as pernas - Você só vem para casa quando tem algo para resolver, ou seja, quando eu falho - ri irônica - Eu não queria pai melhor - ironizei novamente
- Não mude de rume Rachel - ele disse rude
- Não estou mudando - disse simples
- Onde você estava ontem?
- Já disse, na casa da Bel
- Ah sério? Porque eu liguei para a mãe da Isabel e faz um bom tempo que você não vai lá - pronto, morri - Então, eu vou perguntar só mais uma vez: onde você estava?
- Garanto que tem garoto na jogada - Cecília chutou, ela era boa em me ferrar
- Ok, quer saber onde eu estava "papai"? - fiz aspas com as mãos
- Sim, sem mentiras
- Eu estava com alguns amigos - sem mentiras com mentiras - você nunca está em casa mesmo, está sempre trabalhando.
- Amigos Rachel? Que tipo de amigos? - ele perguntou - Eu não fico em casa, mas Cecília fica - fui Obrigada a rir alto
- O que? - gargalhei - Eu não vejo nem sombra dessa mulher pai. Para você ver até que ponto um corno chega né? - ri mais uma vez
- Você está merecendo umas boas surras Rachel - ele disse autoritário
- É mentira dela amor. Eu sempre estou aqui, compro coisas para casa, a alimento, a cuido como se fosse sua mãe, mas ela me odeia, meu xixi - aquilo estava ficando nojento e hipócrita
- Você não vai acreditar nessa ridícula né pai? Essa mulher está nos desunindo e isso não é de agora - falei segurando as lágrimas
- Eu já estou decidido Rachel - ele disse soberbo
- O que você vai larga-la? - perguntei esperançosa
- Não - ele fez uma pausa e passou as mãos pelo rosto como se aquilo doesse, Cecília me olhou e deu um sorrisinho - Você vai morar com sua tia no Texas - dei um pulo da cadeira
- O QUE? - gritei
- Eu conversei com Cecília, e você sabe, você esta na adolescência e precisa de alguém que mantenha os olhos em você, eu estou sempre trabalhando... E eu não posso simplesmente colocar toda a responsabilidade na Cecília. Então ela sugeriu isso, ela te entende, e sabe que você se sente sozinha - meu sangue esquentou
- Claro - ela disse e sorriu, eu estava com raiva, muita raiva
- Sua vadia - gritei e me avancei contra ela que estava sentada no sofá, comecei a puxar seus cabelos e a lhe dar tapas e chutes - eu te odeio Cecília. Você estragou a minha vida - eu gritava descontrolada - Eu também te odeio pai - falei enquanto meu pai me puxava para longe de Cecília, que continuava sentada no sofá toda descabelada - Você não vê as coisas ao seu redor, eu sempre tento abrir seus olhos, mas eu espero que não seja tarde demais quando você se arrepender e vê que em sua cabeça há quinhentos pares de chifres - senti suas mãos em meu rosto, que agora ardia, assim que eu acabei de falar.
- Isso é para você aprender a me respeitar e também por Cecília - ele gritou bravamente
- Quer saber pai? - falei com as mãos sobre o lugar atingido e com os olhos cheios de lágrimas - Eu estava sim com um garoto, porque sim, eu posso fazer o que eu quiser, eu não tenho pau - disse com raiva - E espero, que você esteja bem ciente da merda que está fazendo, porque uma namoradinha puta, se encontra em qualquer esquina, mas agora, uma filha.... No nosso caso, ex filha, não é bem assim... - falei indo para as escadas - Ah, e eu não vou pra porra nenhuma de Texas - disse decidida e subi as escadas, entrando em meu quarto e quebrando tudo, tudo mesmo.
Eu já havia tomado minha decisão: Naquela casa, eu não ficaria mais
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POSSESSIVE - AIDAN GALLAGHER (Adaptação)
Fanfic"Você é minha, querendo ou não, você não tem escolha" - Aidan Gallagher Se ela fosse apenas dele? E ele não fosse dela... AVISO: Se for sensível a alcoolismo, sexualismo, violência e relacionamento abusivo... Não leia. E se for menor de 18 anos