Você estava certa, Aby

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Como a contabilidade da ONG pode estar tão ruim? Isso é verdadeiramente uma grande bagunça checando à fundo e a administração da Lolla vem piorando com o passar do tempo. Retiradas altas de dinheiro sem ter reposição. Para quê? Ao meu ver, pode ter sido o dinheiro gasto na campanha de Seokjin ou pago algumas das dívidas que se estendem e são esquecidas. Apesar de eu não ser alguém que lida diretamente com a parte administrativa, entendo muito de números e organização. Dolores tem um amor enorme pela fundação, mas a razão precisa estar ao lado dela quando se trabalha com algo tão delicado quanto o resgate e o cuidado dos animais. São vidas e muitas dependem de nós agora.

— Que bagunça… — analiso as informações das planilhas que Lolla me deixou, enquanto subo as escadas do prédio. 

Nem posso imaginar o trabalho que eu vou ter como substituta, pois eu não pensava que seria tão desafiador colocar a casa em ordem.

Wow, me sinto uma ceo multimilionária falando dessa forma.

— Aby! Graças ao pai celestial você voltou! Não vai acreditar no que fizeram! Estava orando para que chegasse logo. — no instante que bato de frente com a entrada, sou puxada para dentro de casa por Doroh, ela me arrasta desesperada para ver a zona que se encontra a sala e a cozinha de imediato.

Tudo está jogado, bagunçado e revirado de uma ponta à outra. O que houve? A pergunta durante uma estagnação profunda, reverbera no meu psicológico parado pelos detalhes que se puseram diante dos meus olhos. 

— Quando eu cheguei, estava tudo bagunçado… Será que foram forças malignas? — a dedução paranormal sai do fundo da sua garganta. 

— Melhor seria se fosse. — procuro o sentido de alguém invadir a justo o meu apartamento e as chances são muito amplas desde ter sido o senhor Park à quem atirou no seu filho. A realidade, é que ambos teriam motivos para saber mais sobre a minha vida.

Isso me deixa com medo. Alguém claramente quer me prejudicar.

Sem mais especulações fora da curva, convenço Dorothy a ir comigo dar queixa na polícia por invasão domiciliar. 

Assim que chegamos no distrito policial, registro o meu segundo boletim de ocorrência na vida e entrego as informações necessárias para que o caso seja investigado o mais rápido possível. Poderia ser um assaltante que é comum nessa região ou… Um sinal de que algo de pior estava por vir. Mesmo assim, acho descabido o acontecimento do apartamento ter tido relação com o tiro que o Jimin levou.

Os trâmites são feitos com lentidão tão absurda para um lugar que está praticamente vazio, que resolvo buscar um café em um Starbucks próximo enquanto deixo Dorothy conversando com algumas revistas religiosas no banco de espera. Panfletos bíblicos e umas belas refeições espirituais para a Leonard restabelecer seu psicológico.

Cruzo a rua pouco movimentada das cinco da tarde para comprar alguma refeição - carnal -, acho que meu estômago está com os seus tecidos se colando por tanta fome que estou. O estresse sempre me abre um apetite colossal.

Ainda soa chato o meu término com o Jimin, ter que cuidar da ONG, lidar com o Jungkook e agora esse aviso explícito de que estão me vigiando de alguma maneira ou na melhor das hipóteses poderia ser uma invasão simples.

Entro no ambiente aconchegante, vislumbrando os arredores que contém uma iluminação alaranjada e marrom abrandarem o meu nervosismo, relaxando algumas áreas alertas do meu emocional. Puxo um volume considerável de ar e o solto pelas narinas calmamente.

Olho para o menu suspenso com o intuito de fazer um pedido rápido.

— Quero pretzels para viagem, rosquinhas de dois expressos. — peço rapidamente ao capturar as letras miúdas. 

Sem Medo de Amar - Jeon Jungkook  [Segundo livro]Onde histórias criam vida. Descubra agora