Nada é tão simples

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— Falta pouco! — aos sons de palmas e gestos eufóricos, Alexia e Doroh incentivam a Hope a beber uma dose do whisky como punição pelo próprio ter perdido no jogo.

Não faz nem cinco minutos que nós começamos a jogar o embaraçoso 

"Proibido falar não".

Minha tarde quase foi estragada pela proximidade exacerbada entre o Jungkook e a Luiza. Me afetou sim, não vou mentir. Algo me diz que o mais velho jamais olharia para a garota com uma conotação sexual, visto que a forma como o advogado impõem a sua hierarquia é visível.

— Chega! Agora é a minha vez de ferrar com vocês. — Hope separa o gargalo da boca e se agaicha. — Aby, você já fez sexo casual? — literalmente, a pessoa mais louca do barco resolve direcionar uma pergunta constrangedora para mim. Como somos adultos, nem mesmo Dorothy liga para o nível dos questionamentos.

— Sim, uma única vez e nunca mais fiz questão de ver ele de novo. — me irrita ter que admitir isso na frente de todo mundo, já que não me orgulho nenhum pouco de ter feito. Foi com o Noah, meu colega de curso, logo após o meu término com o Jeon. O pior sexo de toda minha vida, não por ele ser ruim e sim pela ausência de sentimentos. Agi como um cafajeste e passei a evitá-lo depois do ato.

Noah se magoou infinitamente pois estava se apaixonando por mim. Como mencionei não levo isso como uma conquista.

Saio da minha caixa mental e olho para o Jungkook do lado oposto da roda. De punho cerrado e mandíbula travada, pelo visto ele odiou saber de uma das minhas aventuras.

— Sua vez, Jeon. — a sequência não falha e a batata quente é passada para dono do barco.

— Alexia. Já errou em alguma previsão? — felizmente ou infelizmente, o Jungkook direciona uma pergunta para sua melhor amiga. 

— Acredito que é impossível prever um imprevisto. — consegue contornar o "não" que ela gostaria de usar ali.

Aliviada, o posto questionador agora pertence a Dorothy 

— Hoseok. Com tantas viagens pelo mundo alguma vez, se apaixonou por alguém que não deveria? — todos se surpreendem com a indagação pertinente.

— Uma em cada país, Do-roh.— suspira anestesiado pelas boas lembranças. A Leonard, evidentemente queria lhe arrancar outro tipo de replica. Não entendo a decepção se nós sabemos da veia sem amarras do próprio.

Luiza é a próxima da fila e arquiteta bem antes de escolher um da roda.

— Abigail. Você veio procurar o Jungkook hoje? — sem jogo de cintura, mas com muita curiosidade, a alva dispara para o advogado. 

— Não. — é a verdade, mesmo que eu tenha brotado no seu lar doce lar, não esperava encontrá-lo.

— Dose dupla pela ênfase desse não. — puta merda, me esqueci completamente de que poderia dizer qualquer coisa menos a negativa simples de três letrinhas.

A contragosto, Hope me serve o Whisky caro em um corpo maior do que o de costume. Justo eu curto muito pouco essa bebida específica. Fala sério, tem gosto de ferrugem com madeira mofada.

Viro o copo de maneira veloz e retorno a decepção em um chiado alongado. Torço o nariz e abro os olhos. Feito isso, a nitidez das imagens desaparece pela entrada do álcool super concentrado.

— Isso é horrível. — expresso mal humorada e cambaleando, opto por dobrar os joelhos como Hoseok faz. E veja bem, a diferença de um cachaceiro raiz para mim. Hope teve que tomar uma garrafa toda de Vodka e alguns copos de Whisky para que sua pressão diminuísse.

Sem Medo de Amar - Jeon Jungkook  [Segundo livro]Onde histórias criam vida. Descubra agora