Lucille, me salve.

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Lucille pov:

Parecia que um caminhão havia passado por cima do meu corpo, a claridade estava incomodando um pouco os meus olhos e lentamente comecei a abri-los, minha visão foi focando novamente e percebo que uma máscara de oxigênio estava em mim, olhei em volta vendo um tipo de lona transparente sobre mim e a cama a qual eu estava deitada, podia notar que estava na enfermaria, virei minha cabeça para o lado encontrando Daryl dormindo em uma poltrona, dava para notar que ele usava uma máscara. Ergo minha canhota e bato com meus dedos fazendo um leve barulho na lona.

— Daryl. - O chamo e minha voz sai praticamente em um sussurro, sinto minha garganta arranhar um pouco pela secura da mesma. - Daryl! - Logo o vejo acordar assustado o que me faz rir de forma fraca e tossir logo em seguida.

— Sente algo? - Como se eu estivesse morrendo novamente, penso enquanto o via se aproximar o máximo que a lona permitia, deixo minha mão aberta sobre ela e Daryl repeti meu ato.

— Eu só causo problemas, não é? - Pergunto baixinho enquanto puxava um pouco do ar.

— Não diga bobagens. - Seu tom era bravo mas ainda sim a preocupação se sobressaltou.

— Desculpa... - Sussurrei enquanto sentia meus olhos começarem a ficarem marejados, me fazendo respirar fundo novamente.

— Não tem que pedir desculpas por nada, você não tem culpa Luci. - Daryl parecia que estava se segurando para não acabar brigando comigo, abaixei minha mão da lona e tentei me sentar, vendo que o esforço me fazia ficar ofegante.

— Alguém mais está doente? - Pergunto assim que coloco os travesseiros em minhas costas.

— Não, ninguém tem algum sintoma. - Assenti e passei minha mão sobre a minha testa a sentindo um pouco molhada.

— A Luna, está bem?

— Ela... - O olhei esperando continuar e dava para ver sua expressão preocupada. - Ela ficou um tanto histérica, começou a chorar e a gritar. - Fiz uma expressão confusa. - Levei um tempinho até conseguir acalmá-la, era como se ela soubesse que você está doente e quando consegui deixá-la mais calma, ela começou a andar pela casa chamando por você e uma tal de "nana"

— Nana?

— Sim, não sei se é algo que ela tenha dado o nome. - O vejo dar de ombros, até onde eu sabia, Luna não tinha dado nome para nada que ela tivesse.

— Eu não lembro de nada que ela possa ter dado um nome, mas sei que tem algo nela, muito, muito diferente. - Comento, tossindo em seguida.

— Como assim?

— Eu não sei dizer, mas não acho que seja algo que possa prejudicá-la. - Arrumo a máscara em meu rosto e puxo o ar novamente. - Mas queria entender da mesma forma.

— Conforme ela for crescendo, vamos conseguir fazer isso. - Assenti enquanto olhava para frente, não iria esperar tudo isso para descobrir, mesmo que ela cresça um tanto rápido, não posso ficar esperando.

— LUNA! - Ergo meu olhar ao ouvir o grito de Maggie, podia ouvir duas pessoas correndo e uma delas era Luna, olhei assustada para Daryl e rapidamente andou até a porta, assim que abriu minha coisinha pequena passou pelas suas pernas correndo e bateu de frente com a lona tentando erguê-la.

— Meu amor, não faça isso. - Pedi começando a ouvi-la chorar, rapidamente Daryl se aproximou dela e a pegou no colo, Luna começou a se balançar para tentar se soltar.

— Ei filha, a sua mãe não pode ficar com você agora. - Daryl tentava acalmá-la e vejo Maggie parar na porta completamente ofegante.

— Como ela corre rápido.

A Human is Born² - The Walking DeadOnde histórias criam vida. Descubra agora