Minha filha.

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Lucille pov:

— Lucille, você entendeu tudo? - Me perguntou Deanna e pisquei algumas vezes voltando meu olhar para ela após olhar o galpão em volta novamente.

— Entendi sim, a propósito, a senhora já escolheu quem irá me ajudar? - Perguntei enquanto embalava o carrinho com meu pé e mantia meus braços cruzados a olhando.

— Pode me chamar por "você". - Deanna solta uma risada fraca e apenas concordo com a cabeça. - Eu pensei em alguns e irei os apresentar, mas antes irei falar com eles para saber se aceitam. - Assenti novamente e apertei meus lábios levemente. - Aqui estão as suas chaves. - Ela estica um pequeno molho em minha direção, logo descruzo meus braços e o pego dando uma rápida olhada. - Agora está dispensada futura "fazendeira". - Ela brinca e solto um riso fraco.

— Certo, obrigada Deanna. - Abaixo meu pé e seguro a alça do carrinho, após me despedir dela o emburro para fora do galpão, pelo menos ele ficava perto de onde ela sugeriu fazer a plantação e isso era bom, coloco as chaves em meu bolso e continuo andando, queria voltar logo para a casa pois tinha que amamentar Luna mas meus passos são interrompidos por Spencer que vinha em minha direção.

— Olá Lucille. - Falou assim que se aproximou o suficiente. - Já ficou livre dos seus afazeres? - Continuava andando enquanto Spencer falava e tinha ficado ao meu lado andando junto.

— Sim, estou voltando pro meu grupo agora.

— Eu vi que você ficou um pouco estranha enquanto conversavamos e só quero que saiba que não queria lhe deixar desconfortável com nada, minha mãe falou para darmos o tempo de vocês e acabei me excedendo. - Soltou um riso baixo e o olhei brevemente, coloquei minha franja que tinha se soltado de minha orelha para trás da mesma novamente.

— Tudo bem, apenas não estou mais acostumada com estranhos.

— Eu entendo, deve ser complicado para você isso tudo. - Assenti apertando meu passo levemente assim que dobro na rua da nossa casa, já podendo vê-la. - Sabe, se quiser alguém para conversar, sou um ótimo ouvinte.

— Eu estou bem assim, obrigada Spencer. - Tento não ser rude e subo o carrinho para cima da calçada.

— Então que tal almoçarmos juntos? - Paro o carrinho em frente a casa e o olho um tanto estranho. - Minha família também estará, com certeza vai ser bom pra sua filha, já que ela... - Ele não termina sua frase, como se fosse falar algo proibido (?).

— "Já que ela" o que? - Arqueei minha sobrancelha enquanto o olhava.

— Não tem pai, deve ser dificil isso tudo para você. - Eu tinha vontade de rir após ouvir isso mas antes mesmo que o respondesse escuto passos atrás de mim.

— Quem disse que ela não tem?! - A voz de Daryl soa seria atrás de mim e logo ele estava parado ao meu lado, Spencer olha para o mesmo e sorri mas dava para ver que era sem o mínimo de vontade.

— Olá, você é o Daryl do grupo da Luci, não é?! - O semblante de Daryl estava completamente fechado e era como se uma aurea negra o envolvesse.

— Primeiro, para você é Lucille. - Daryl respondeu de forma ameaçadora, dando ênfase no meu nome. - Segundo, tire esse sorriso idiota da cara pois Luna é minha filha, assim como Lucille é minha mulher e se eu ver você a rondando como está fazendo, a convidando para comer com sua família, vou arrancar todos os seus dentes. - Eu não sabia onde esconder minha cara, não sei se era pelo jeito de Daryl ou pelo fato de ele ter falado que eu era sua mulher e Spencer, o olhava um tanto assustado mas tentava parecer que não tinha sido intimidado.

— Não me interprete mal, apenas estava sendo educado. - Tentou se explicar e Daryl se botou em minha frente fazendo com que eu o segurasse pelo colete.

A Human is Born² - The Walking DeadOnde histórias criam vida. Descubra agora