Capítulo 3 - Invenções

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Daniel

Pareceu me complicado entender Danya hoje, o mesmo me parecia sério e nervoso, me contará várias invenções como se eu não o conhecesse o bastante para saber que tudo não passará de mentiras.

— Pode me contar, que tens contigo ?— pergunto jogando minhas coisas em cima da mesa enquanto Danya se sentou na carteira a minha frente.

Ele se virou devagar e meus olhos por alguns segundos pousaram em sua íris cor de mar, ele conseguia ser tão bonito que me incomodava.

— Ezequiel está no meu pé, não fique tão próximo, pelo menos não aqui na faculdade.

— Está dizendo para eu não ficar perto de Ezequiel ? — deduzi rindo.— Nem precisava me pedir, faço isso diariamente.

— Estou falando para ficar longe de mim, ele está a ameaçar dizendo que contará que namoramos.— Suspirou fundo e se ajeitou ao ver o professor filips entrar na sala.

Me levantei o suficiente para conseguir falar próximo de seu ouvido.

—Não namoramos, namoramos?— falei sussurrando sem motivo, somente para filips não se irritar por nada.

O pescoço de Danya ficou visivelmente arrepiado, essa sensação me causou um leve incômodo no peito.

— Pare com isso, faz cócegas.— passou a mão tentando esconder sua vergonha.

— Só compreenda,ele não tem provas de nada! des de que me entendo por gente somos amigos, não tenho medo de Ezequiel.

[...]

Às 18:00 nossa ultima aula tinha se encerrado, o dia não me pareceu bom, de repente me lembrei que Danya me evitou todos os horários de intervalo, incluindo o horário de almoço.

— Cansou de me evitar e veio correndo me pedir desculpas ?— falei enquanto percebi Danya ao meu lado, terminei de recolher meu material e jogar na mochila surrada da vans.

— Estou pronto para irmos ao Pub.— falou animado.— certifique-se de que sua amiga seja generosa nas bebidas.

Balancei minha cabeça negativamente e soltei um sorriso sem graça, segui caminho ao lado de Danya, chamamos um táxi para nos levar.

Assim que entrei no carro me joguei no colo de Danya, me senti tão cansado da faculdade que só queria me deitar, lembrei-me rapidamente que o taxista perceberia aquilo.

— Não são namorados né? — O senhor de barbas brancas perguntou olhando pelo espelho que continha em seu carro.

—Ele é meu irmão.— Danya falou rapidamente.— Só está cansado da faculdade.

Seria tão mais simples se o afeto aqui não fosse visto como um pecado, algo que se deve aplicar uma punição rígida.

Me vi chegar no pub de Anyta, me arrependi assim que a vi, parecia uma mulher jovem e autêntica, mas seu olhar doce me incomodava, eu sabia que ela me convidará para tentar me beijar.

— Vá desejar boa noite para sua pretendente.— Danya me empurrou e eu confirmei com a cabeça.

Dei um beijo na bochecha de Anyta e voltei a olhar para onde Danya estava,o mesmo já tinha sumido.

Entrei naquele lugar apertado e procurei por todos os cantos com olhar, avistei Danya beijando alguém de quem eu não me lembrará.

Fui até ele e o puxei, eu não sabia bem o motivo por eu te feito aquilo, a menina me olhou perplexa e eu pude reparar que se tratava de Vytoria, amiga da irmã de Danya.

— Qual foi cara? — falou me olhando enquanto limpava sua boca marcada de liptint.— Não dava pra esperar 5 minutos?

Neguei com a cabeça e o olhei nervoso, eu sentia meu corpo ferver como nunca antes, a raiva me invadiu e eu estava a tentar controlar tamanho sentimento que eu nunca sentir antes.

— Desculpa, eu não quis.— falei passando a mão nos cabelos enquanto percebia que estava alucinando.

—Não usou nada errado né Daniel?— suspirou fundo e meu agarrou pelo braço esquerdo.— Já não lhe falei que se quiser experimentar algo novo tem que me dizer antes ?— olhou fixadamente em meus olhos.

Eu parecia encantado, não conseguia segurar meus sentidos, parecia sufocado, e algo estava me tirando essa pressão.

— Eu quero experimentar uma coisa...— falei baixinho sem tirar os olhos de Danya.

— Está bem, o que é?— falo calmamente achando que eu estava falar de bebida ou drogas.

Meu rosto se aproximou do dele devagar, ele não parecia se afastar, isso me deixou mais preocupado ainda, será que...

Ele realmente vai me deixar beija-lo?

– O que você tá fazendo mano?!— falou, eu não pude entender se era uma pergunta ou ele somente indagou aquilo.— Você usou algo muito forte, e nem me deu um pouco.

Ele suspirou enquanto me empurrava até um sofá vazio.

— Não seja tão mão de vaca da próxima, me deixe experimentar com você!

Falou e sorriu, tive um choque de realidade naquele momento, Danya só não me parou por achar que estava drogado...

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