Capítulo 7 - halloween¹

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Danya

Me senti tão confuso quanto uma criança que acabará de entrar na escola.

Eu fiz Daniel implorar por um beijo meu, apesar de estar ciente de que eu precisava daquilo mais do que ele.

— Estás estranho dês de que voltou do seu amigo.— Ana resmungava enquanto preparava um macarrão.

—Não me estressa, só estou atarefado com a faculdade.— Umas das piores desculpas que já dei a minha irmã.

— Tu não sabes mentir Danya, nem da faculdade você gosta.— brincou comigo e eu bati em sua cabeça com as costas da mão.

— É sério, estou tranquilo.— Tentei a máximo parecer convincente.— ainda vai fazer minha maquiagem para hoje?

Ela me olhou por um tempo e negou com a cabeça, ameacei jogar um pote de molho na cabeça dela, como mágica ela me sussurrou um "sim".

[...]

Às 20:00 marquei com Daniel para me esperar na frente da sala principal, a Universidade inteira estava em clima de festa, todas as turmas, medicina, direito, e até mesmo turmas de engenharia estavam misturadas.

Procurei por Daniel no meio daquelas pessoas fantasiadas, era quase impossível não rir de algumas.

Uma mão tocou meu ombro virei-me rapidamente ao pensar que seria algum engraçadinho a brincar comigo.

— Veio com minha camisa!— sorriu.— Ficou ótimo.

Daniel estava com maquiagem linda, e deus olhos estavam totalmente brancos por conta da lente que fazia parte de sua fantasia.

Meu coração se acelerá mais que o normal, sentia meu rosto queimar, abracei ele rapidamente e perguntei se estava tudo bem.

— Tá um tédio aqui.— falei olhando para a decoração de abóboras.— Por que são tão obcecados pelo halloween?

—Na verdade, são obcecados por pegar pessoas nos corredores enquanto tomam esse liquido estranho que a faculdade chama de ponche.

Daniel me apontou um casal que estava a se beijar intensamente no corredor ao nosso lado.

Olhei sem graça para ele e sorri, ele esta tentando flertar comigo ou é só minha imaginação?

— Não pense que vamos fazer isso.— falei e Daniel riu.— É sério.— conclui vendo meu amigo puxar-me até o lugar onde servia dessa bebida vermelha.

[...]

Sentados ao lado de vários caras bêbados já estava a se passar horas, Daniel não queria ir embora, ele parecia se divertir nesse tipo de coisa.

— Estou lhe implorando, preciso de ar fresco!— falei novamente e ele me deu de ombros.

Está me ignorando ?

Deixei ele com um grupo de amigos de nossa turma, me levantei do sofá e fui até a parte de fora do prédio.

Respirei fundo e olhei para aquele bando de jovens aprontando, uns enchiam a cara enquanto outros explodiam bombinhas para assustar as garotas.

— Que idiotice.— murmurei.

— Não sabia que gostava de falar sozinho Danya.— A voz família de Ezequiel ecoou.— Se divertindo?

Quando me virei dei de cara com Ezequiel vestido de demônio.

— Sua fantasia é bem coerente.— debochei.— Me da licença.

Esbarrei nele propositalmente enquanto voltava ao prédio, me senti com a consciência pesada deixando Daniel sozinho.

[...]


A exaustão me dominava, precisei andar atrás de Daniel por vários corredores já que o mesmo não estava onde eu o deixei.

Percebi que tinha um movimento estranho no andar de cima, apressei-me até lá quando vi Daniel na parede e um outro cara segurando seu rosto.

Por um minuto pensei que era alguém implicando com Daniel, mas a proximidade era muita, percebi que estavam prestes a se beijar, o sorriso malicioso de Daniel me deixou irritado ao extremo.

Tentei reparar no homem a sua frente, me parecia muito familiar, e apesar de minha vontade ser de quebrar a cara de quem seja me segurei tentando adivinhar quem seria.

Maxon?

Não podia ser, ele é o melhor amigo de Ezequiel,ama implicar comigo dizendo-me que sou amigo de um "gayzinho".

Fechei minhas mãos e pude sentir as unhas machucarem minha pele, comecei a caminhar em direção aos dois sem ao menos pensar no que eu iria fazer...

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