Primeiro contato

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00:34.

*****: Não vão dizer nada?

A Eunha me olhou sem saber o que falar e focou o olhar no chão. Eu procurei alguma coisa pra responder mas não achava nada que servisse como desculpa para o momento.

*****: Ok, eu vou chamar a polícia. - deu as costas e voltou a andar em direção ao seu carro
Yerin: A gente é de Busan. - respondi rápido

A mulher se virou e continuou parada me olhando esperando dizer mais algumas informações.

Yerin: E é a primeira vez que viemos em Seoul. Acabamos nos perdendo no caminho, não foi? - perguntei a Eunha e ela só concordou - O meu celular descarregou e óbvio que não tem como pedir informação ou usar o google maps com o celular desligado. Então resolvemos te seguir, achamos que tínhamos vindo por este lado quando chegamos aqui.

*****: E o seu celular? - perguntou a Eunha
Eunha: Sem sinal. - mentiu
*****: Entendo. Prazer, Eunbi.
Yerin: Yerin. E ela é Eunha.
Eunbi: Olha se quiserem podem vir comigo, dar uma carga no celular. Moro aqui perto. - falou - O que acham?
Eunha: Nos dê só um segundinho. - me puxou pra perto do carro

Ela respirou fundo e ficou me encarando sem dizer nada.

Yerin: Estou esperando o sermão.
Eunha: Viu o que causou? Não tem como desmentir? Fala que vamos pra um hotel e carregamos o celular lá. Que não queremos incomodar ela.

Eunbi: Sei que estão com medo de ir. Não é recomendável entrar na casa de estranhos, ainda mais a uma hora dessa. Também me assustei ao ver vocês me seguindo mas, - deu uma pausa na sua fala - se vocês não tem pra onde ir e é perigoso dirigir a essa hora tarde da noite.
Eunha: Não, nós vamos a essa hora sim. Só preciso carregar um pouco o celular. - engoliu seco

Ficamos uns segundos em silêncio até a tal de Eunbi resolver falar.

Eunbi: Voltem pro carro e me sigam, moro logo ali na frente.
Yerin: Ok. - respondi - Vem.

Eunha: Eu avisei, não avisei? - falou ao entrar no carro
Yerin: Ok, você avisou. - a olhei - Vamos carregar um pouco o celular lá e depois caímos fora da casa dela. Está bom assim?
Eunha: Escuta aqui. - falou puxando meu queixo - Se acontecer alguma merda, a culpa vai ser sua. Se a gente morrer, a culpa vai ser sua.

Yerin: Não vamos morrer, confia em mim.
Eunha: Difícil. - deu um pé a frente e seguiu a Eunbi até a casa dela

Alguma coisa nos intrigou mais ainda, alguma coisa não. Falando direito, a casa dela me intrigou. Parecia um casarão antigo. Quem mora em um lugar desse? A rua quase toda escura e uma única brecha de luz do outro lado da rua.

Quando saímos do carro senti um arrepio dos pés a cabeça. Agora sim posso dizer, que fiquei com medo de entrar ali.

Eunha: Muito grande pra morar uma pessoa só, não é? - falou rindo pra quebrar o silêncio

Eunbi: Ah não, eu não vivo em todos os andares. Só tem quatro, e o último não tem um móvel algum. Moro no terceiro. - apontou - Deixo sempre uma luz acessa. - sorriu de lado
Eunha: Nossa, esqueci o carregador. Yerin me ajuda a procurar no carro?
Eunbi: Eu vou subindo, não tem dúvida ok? É só seguir direito e é a terceira porta. - explicou

Yerin: Entendi.
Eunha: Yerin, vem aqui por favor. - falou já dentro do carro

Yerin: Não vai me dizer que está com medo de entrar. - tentei rir
Eunha: Nem faça essa cara de quem não está, eu vi sua reação quando saímos do carro.
Yerin: Me surpreendi sim, mas não tem nada demais. É só um casarão antigo.
Eunha: Ela já subiu, vamos cair o fora daqui. Nunca mais ela vai ver a gente e vai me poupar ter um pesadelo daqueles.
Yerin: Eunha, eu sei que não éramos para estarmos aqui. Fiz besteira e quis seguir uma estranha com você, só porquê a achei séria demais, sexy, misteriosa. - admiti
Eunha: É sério essa última parte? - perguntou
Yerin: Sim. Podemos entrar?
Eunha: Ok, você venceu. Vamos logo, pra sair o mais rápido possível.

THE MIDNIGHT WOMAN (SinRin)Onde histórias criam vida. Descubra agora