— Josh!! — exclamo raivosa.
— O que é? — ele dá de ombros.
— Sai daqui imediatamente! — ordeno.
— Ah! Qual é, nós já somos íntimos. Eu tirei sua virgindade, engravidei você, e você já me viu chorar. Não há nada para esconder.
— Seu cu que não há nada para esconder, saia!! — grito.
— Epaaa, olha o linguajar menina. — Josh fala, e se senta na privada com o tampo fechado — De qualquer jeito...
— Josh, eu estou tomando banho!! — exclamo impaciente.
— Eu sei, e eu estou me contendo para não abrir o boxe e ver você nua, e molhada. — ele ri — Por favor, eu só quero conversar.
— Agora? — pergunto, agradecendo pela água quente, para deixar o vidro do boxe embaçado.
— Agora. É importante. — ele suplica.
— Okay, fale. — desisto.
— Então... eu estava pensando... talvez....
— Fale logo porra! — grito.
— Você pode por favor não gritar? — ele fala num tom exasperado — Se minha mãe ouvir você xingando.... ai não quero nem pensar nisso.
— Só fale. — peço desligando o chuveiro.
— Ok, bem eu estava na rua e eu vi um cartaz, anunciando aulas para o parto e eu pensei que... — eu não terminei de ouvir, meus joelhos fraquejaram e eu caí no boxe.
— Saby? Você está bem? — Josh pergunta, pelo boxe eu posso ver sua sombra se levantando e se preparando para abrir a porta do boxe.
— Estou bem, não abra. — sussurro alto o suficiente para que ele ouça.
— Ok... olha se você não quiser eu... — eu o corto
— Não é isso, é só que eu não tinha pensado no parto ainda. Eu vou pensar, falamos depois. — falo sentindo a ânsia de vômito subir minha garganta. Josh sai do banheiro, e eu saio do boxe me debruçando para vomitar na privada.
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Hoje é dia 31 de agosto de 2022, estou com 2 meses de gravidez, odeio o pai do meu filho, pelo menos acho que odeio.... Não importa. E depois da nossa última conversa, eu estou morrendo de medo do parto.
Não tinha pensado nisso ainda, como será que vai ser? Normal? Cesárea? Não sei. E se alguma coisa der errado? Tantas perguntas, nenhuma resposta. Depois do banho, eu e Josh entramos no carro e fomos até o consultório da Dra. Collins. Josh tagarelou mais do que tudo,e eu tinha mais certeza a cada dia de que ele era igualzinho a mãe. Chegamos no consultório mais cedo do que o previsto, então eu sentei em uma das cadeiras e Josh ao meu lado. O andar da obstetrícia não era muito grande. Apenas 5 médicos atendiam aqui, mas o andar estava lotado. Umas 15 mulheres grávidas, com barrigas que variavam de tamanho. E seus 15 maridos, com sorrisos bobos nos lábios, ansiosos para verem seu filhos nas pequenas telinhas do ultrassom. E então havia nós, 2 adolescentes de 17 anos. Ambos assustados com a situação em que se encontravam. Josh mantia os olhos fixos na tela do celular. Pela primeira vez desde que eu contei a ele que estava grávida eu o vi agindo como um adolescente normal. Ele ria das piadas que os amigos mandavam por mensagem, e digitava no celular com uma rapidez quase impossível. Já eu? Eu não agia como uma adolescente normal. Não pensava nos garotos, muito menos em que roupa eu usaria para ir a escola amanhã. Pensava em coisas que você nunca imaginaria achar na cabeça de alguém de 17 anos. Pensava no meu parto, pensava na dor. Pensava no quão gorda eu iria ficar. Pensei se após o parto, eu amamentaria minha filha. Se ela teria um boa família, depois que ela fosse para adoção. Perguntei a mim mesma se Josh iria ficar comigo na sala de parto. Me peguei desejando que sim. Um erro muito grande, desejar Josh Beauchamp era um erro. Um erro gigante, um baita erro. Um mega- hiper- grande erro. Eu iria acabar como as outras, não iria? Balançando os cabelos para chamar atenção, e colocando meio litro de gloss labial. Pois é, se você prestar atenção não é muito difícil achar garotas que morreriam por uma noite com o Josh. Não posso negar que me sentia atraída por ele. Afinal ele era um deus grego. Mas minha cabeça estava muito cheia, para pensar em relacionamentos agora.
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𝐈𝐍 𝐍𝐈𝐍𝐄 𝐌𝐎𝐍𝐓𝐇𝐒 ↯ 𝑩𝒆𝒂𝒖𝒅𝒂𝒍𝒈𝒐 (ℙ𝕒𝕦𝕤𝕒𝕕𝕒)
Romance+ 𝐁𝐄𝐀𝐔𝐃𝐀𝐋𝐆𝐎 | Sabina Hidalgo é uma menina exemplar, a melhor aluna de sua turma, seus sonhos são tão altos quanto o céu. Sabina nunca precisou ser popular, sempre presa pelas pequenas amizades, que são onde sempre que ocorre o verdadeiro am...