Scripthion

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[3 é ímpar,2 é par]
08 de agosto,2018

  Misty estava na frente da sua nova escola, já tinha passado por tantos lugares parecidos e nenhum deles foi acolhedor.Só aquela escada já era intimidante demais para o seu gosto.Sendo mais velha que todos os seus novos colegas ela tentava imaginar o que pensariam dela.
  Será que eles iriam rir de suas piadas ou jogar bolinhas de papel? Seus olhos cor de mel encaravam o vazio enquanto ela estava imersa em pensamentos.De repente ela já tinha a guarda levantada,punhos cerrados e uma linha de medo na testa.
  Uma explosão havia a trazido de volta a realidade,tinham pessoas correndo, gritando e um hippie akumatizado muito puto.
Misty preferia esconder o fato de que se identificava com ele: um artista frustrado por não ser ouvido.Ela queria poder ajuda-lo,mas era arriscado demais.
  Ladybug e chatnoir cuidariam de tudo,o gatinho hoje estava tão brincalhão como de costume,e a joaninha permanecia séria apesar de adorar o humor do gatinho.
Eles lutavam com certa dificuldade,o akumatizado deve ter juntado a frustração de uma vida em um dia só -ela riu quando viu que realmente entendia aquilo- ela estava caminhando para dentro da escola,afinal,seria mais seguro.Quando ladybug voa pelos ares e cai arqueando as costas de dor,não pela pancada,mas pela dor que o raio roxo do akumatizado causava.Ela tentava levantar mas de nada adiantava,os olhos do gatinho estavam tristes ao se ver incapaz de ajudar sua amada sem forças,se ele tivesse mais concentrado talvez isso não teria acontecido-pensava-
Misty conhecia aquela impotencia no olhar,impotencia essa,que já marcou sua feição naquele fatitico dia...

🌀Flash back🌀

05 de outubro,2011

O dia estava chuvoso e a garotinha não parava de tremer,como sempre a casa estava cheia de água e seu irmão ainda não tinha chegado.Ela rabiscava em seu caderno o desenho de um super-héroi com uma pulseira da sorte,sua pulseira de cobra e ele estava sorrindo.
O medo a sufocava mas ela não falhava em repetir -ele vai voltar,ele vai voltar...
Derrepente,ela vê alguém se jogando para dentro pela janela,ela tentou parar de tremer enquanto corria para os braços do seu irmão.Mas ele não estava sorrindo,ele caiu aos seus pés,desacordado e lavado de sangue.
Ela o enrolou em toalhas mas de nada adiantava,sem poder pedir ajuda ela só gritou e gritou,para que ele acordasse.

-Misty?

Ela olha para ele aterrozida,seus olhos pediam socorro.Ele dá um sorriso fraco e não deixa transparecer o medo.

-Eu acho que eu vou...você sabe... desaparecer,igual o papai e a mamãe.

Como ele poderia explicar para ela que estava morrendo?

-Você não pode,você nunca deixou de sorrir,como que você pode?

-Sabe,aquilo se chama morrer,eu devia ter te explicado antes como funciona.Mas,não tem como evitar,nem sorrindo todos os dias.

A cada palavra sua visão fica mais turva,mas seu sorriso não ia embora,ele está feliz.

-Eu tenho algo pra você.

Ele tira sua pulseira da sorte, e coloca com dificuldade no pulso da sua irmãzinha que está imovél vendo seu uniforme sumir.

-Su-sua pulseira da sorte?

-Agora ela é sua,quero que você -tosse- daqui pra frente se torne sua própria heroína,e seja o que eu nunca fui para Paris.Desculpa não poder ficar,eu..