cσятєs ρяσƒυη∂σs

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    Estive perdida dentro de um casulo de medo até tomar a iniciativa de saltar para longe daquele coma induzido e vasculhar a casa,os corredores vazios o cacos de vidro faziam pilhas no canto da parede revestida pelo papel decorado de canários,mi...

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    Estive perdida dentro de um casulo de medo até tomar a iniciativa de saltar para longe daquele coma induzido e vasculhar a casa,os corredores vazios o cacos de vidro faziam pilhas no canto da parede revestida pelo papel decorado de canários,minha mãe havia travado uma guerra com meu pai por conta da decoração,disse que tudo era muito cabisbaixo e que precisamos imediatamente de um ânimo para a casa,meu pai teve que ceder as exigências uma hora que nem ele aguentava mais,os quadros e fotos estavam rasgados,tingidos,sujos estavam se degradando junto aos entulhos que a antiga mansão  Nightmar havia virado,subi as escadas o taco estava já saltando para fora escorreguei em um por pouco não rolando escada a baixo me agarrei a pilastra e continuei o caminho rumo a o que antes era a sala de estar,o lustre ainda estava ali sobre o teto,brilhando jogando a luz do sol sobre seus cristais e formando um arco íris no canto,sorri ao ver a cena,pelo visto era um dos poucos cômodos que não estavam indo a baixo,senti saudade do canto de minha mãe sobre a poltrona prateada que ela havia ganhado de meu pai.
      Me joguei sobre o sofá,cheirava agradável como se alguém o tivesse limpando a pouco tempo,me ajeitei sobre a almofadada felpuda me quetionando sobre quando tempo exatamente eu havia adormecido,talvez messes ao se julgar,mas eu ainda parecia a mesma,não havia mudado,encarei meu aspecto doente no espelho,as olheiras haviam sumido,mas havia um buraco fundo onde antes haviam bochechas coradas,meu estômago emitiu um som alto precisava de comida imediatamente antes que paralizase de vez,respondi ao seu chamado caminhei sorrateira no corredor,haviam estranhos na minha casa,haviam homens de capas negras rangendo os dentes para mim,abri um sorriso falso correndo o mais rápido que podia até chegar a cozinha e me deparar com meia dúzia de empregados que nunca havia visto na minha vida,o que aconteceu com a River?,cadê a ajuda?,Já se passaram meus 3 minutos?;

- ah finalmente ela está de pé,mande o mensageiro avisar o senhor Skyson diga que ela acordou!- a sardenta disse ao homem magro e alto a sua direita que correu como o vento para fora da cozinha- como se sente madame?

    Permaneci em silêncio,minha mãe havia me dito muito sobre a tendência de nossa família a algumas doenças a ansiedade a depressão,ela mesmo havia tido um pouco depois de eu nascer,me lembrei da possibilidade baixa porém existe da esquizofrenia,talvez seja isso,talvez eu esteja enlouquecendo,meu cérebro me enganava diversas vezes,me fazia acreditar em coisas que apenas estavam na minha cabeça,era como um demônio cruel que me fazia esquecer que aquelas coisas ruins eram apenas parte da minha imaginação fértil e um pouco infantil,não eram reais.
    Me forcei a sorrir,se não posso me livrar dessa loucura viverei com ela,irei dar as mãos a meus pesadelos e seremos aliados;

- tá tudo bem?,quer um copo de água?- perguntou sorridente mas mesmo assim preferi a ignorar,eu estava sendo sufocada pelas paredes e engolida pelo chão,eu havia me perdido na minha própria história,eu observei o relógio,mas ele não estava lá também,não havia o tic tac do tempo,havia o sombrio assobio da escuridão,era o rumo da minha história se voltando para o outro lado,aquele em que as vezes nós rezamos para que não aconteça,era o som da minha alma gritando por misericórdia;

SKYSONS-herdeiros [livro I]Onde histórias criam vida. Descubra agora