Passado

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Os dias estavam cada vez melhor, a fazenda recebendo alguns visitantes e propostas de cruza com fazendas bem sucedidas, Bernardo começou a treinar novamente com o touro, havia anos que não o via em competições, ele disse que parou há uns 3 anos, e agora só faz por hobby.
Estávamos caminhando de mãos dadas pela fazenda.
- e pensar que hoje eu estaria de quatro pela filha do meu chefe - ele ri
- você sabe que você nunca foi como os outros empregados - eu disse- papai sempre te tratou como filho, e além do mais eu já te chamava de marido fazendo meus pais acharem a maior graça - nos rimos
- você me chamava de marido Jully? - disse surpreso
- óbvio cowboy! Eu sempre soube que eu iria casar com você nem que eu te levasse no laço até o altar - gargalhei da cara de espanto dele
- persistente - beijou minha cabeça - eu sempre te achei linda, apesar de sempre te desejar eu sempre soube meu lugar e meus limites - ele acaricia meu rosto - mas quando eu te vi de novo me deu até frio na espinha - gargalhamos
Escutamos uns barulhos vindo do casarão e voltamos pra lá, encontro meu pai conversando com alguém de costas.
- olha ela aí - papai diz e quando o rapaz que está com ele vira eu gelo, Lucas, meu ex namorado dos Estados Unidos, terminamos há uns 2 anos mas continuamos "amigos"
- Julinha - ele diz sorrindo e me fitando de cima abaixo, sinto seu sorriso murchar quando me vê de mão com Be - olha pra você cada vez mais maravilhosa!- diz e sinto os braços do Bernardo me apertar
- hum.. Lucas o que faz aqui?- pergunto sem jeito
- vim visitar uns parentes e resolvi da uma volta pela cidade que você vivia falando - sorri em minha direção - como é não vai me dá um abraço?
Com outros braços relutante em me soltar, abraço com um braço somente é bem rápido Lucas que encara Bernardo.
- Lucas é Bernardo  - digo - Be esse Lucas 
Ambos se encaram e estendem a mão num cumprimento longo que finaliza quando meu pai pigarreia
- então meu filho você pretende ficar muito tempo?- meu pai muda de assunto
- não sei ainda - e sorri pra mim - vai depender da Júlia
- como?- eu digo confusa
- preciso falar com você, gostaria de saber se poderíamos almoçar essa semana - ele diz sério e encara Bernardo
- é lógico que não - Bernardo fala bravo
- acho que não é uma boa ideia, se você precisa falar comigo que seja tão importante podemos conversar na sala - eu digo
- opaaa calma cowboy - ele diz debochando - eu não vou morder a princesa - e pisca
Sinto as mãos de Bernardo fechar em punho e resolvo cortar.
- olha Lucas não falo com você já quase 2 anos, e desde então não temos nenhum assunto que seja necessário uma saída par almoço. - digo seria- e por favor respeito. Não curto esse tipo de brincadeira de duplo sentido.
- desculpa linda- sorri amarelo - mas não resisti você sabe
- era só isso? - eu digo enquanto sinto papai e Bernardo me olharem
- por enquanto- ele vira - eu volto essa semana pra gente conversar - vira cumprimentando meu pai e vai até seu carro
- filha, esse é aquele mauricinho que você teve um casinho?- papai pergunta enquanto o carro se afasta
- como é Julia?- ouço Bernardo falar puto
- calma Be isso foi há mais de dois anos e nós ficamos juntos pouco tempo - eu disse olhando apreensiva
- mas não parece Julia- ele diz - o cara despencou até aqui pra nada?- passa a mãos nos cabelos
- calma filho- passa a mão nos ombros do Be - ele não foi nada importante - e pisca pro Be - no mínimo veio pra da uma sacudida - e ri - não precisa ficar com com essa carranca garoto a Júlia te ama
- eu sei patrão, mas - ele começa
- deixa de ser ciumento cowboy- eu digo sorrindo - eu somente sua
Suas mãos apertam minha cintura e ele beija a minha cabeça , vamos em direção a casa para um café.
- não gostei desse cara Júlia - ele sussurra no meu ouvido - não quero você com ele sozinha
- não se preocupa meu amor- eu digo o confortando - quando ele voltar e se voltar você vai conversar comigo tá ?
Ele concorda e entramos seguidos por meu pai.

Enquanto eu viver  - CONCLUÍDAOnde histórias criam vida. Descubra agora