Capitulo 4

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Fui numa festa na casa de Kaique,um colega meu. O conheci durante uma festa que Arthur ficou com uma ruiva ( não lembro o nome) e Kaique me fez companhia.

E como eu não estou afim de ficar em casa chorando por causa do Arthur eu aceitei ir na festa. E nem mesmo um braço machucado irá me impedir.

   Chegando lá comecei a beber e a dançar.

   A festa não estava tão legal assim,mas tentarei aproveitar.

   Ainda não tinha visto Kaique,quando se aproximou dançando.

__Oi,gatinha.__falou rindo. Ele lembra do soco que ganhou quando chegou assim naquela festa.

__Querendo apanhar de novo.

Falei sorrindo também.

__Nem com um braço machucado você deixa de ser violenta?

__Nunca.

__Fiquei curioso para saber o que aconteceu com seu braço. Não me diga que machucou enquanto batia em algum possível pretendente?

__Infelizmente não foi tão legal assim. E acho que já deu pra mim,vou embora.

__Por quê?

__Não estou conseguindo me divertir.

__Minha festa está tão chata assim?

__Não,eu que não estou muito bem hoje. Tchau,Kaique.

__Então tá. Tchau e por que não sai comigo um dia desses?

__Você não desisti não?

__Nunca.

  Sair  e fiquei andando um pouco. Meu braço começou a doer um pouco( esqueci de tomar o tremédio).

Me sentei em um dos bancos da pracinha. A noite estava agradável com o céu estrelado e a tempetatura amena.

   Será que Arthur já está dormindo? Droga! Eu não devo pensar nele.

Olhei para o céu e não o achei mais bonito.

  Preciso ligar pra ele,mas ainda não comprei o celular novo. Perdi o meu quando fui atropelada.

Talvez perdê-lo seja um sinal me dizendo que preciso ser forte. Posso ter outros amigos, não posso? E talvez eles não mentirão para mim.

  Sem querer lembranças vieram e não fiz esforço algum para afastá-las.
    "Corria pelos corredores tentando me esconder da chuva de ovos podres (os alunos perseguiam outros com ovos podres nas mãos e atingiam quem estivesse na frente. Isso acontece uma vez por ano,um dia antes do dia das bruxas). Entrei na primeira sala que vi e me escondi sorrindo (Eu achava divertido a perseguição). Coloquei cadeiras para trancar a porta e me sentei no chão tentando me acalmar.
__Você acha isso divertido?__levei um susto ao ver um garoto loiro com grandes óculos, encolhido no canto da sala.
__Você não?__perguntei depois de me recuperar do susto.
__Você é louca? Quem acha divertido ser perseguido por idiotas com ovos podres nas mãos prontos para jogar em você?
   Sorrir e me sentei ao lado dele.
__Talvez eu seja louca. E eu talvez seja um dos idiotas com ovos nas mãos  pronto para jogar em você.
__Você tem ovos aí?__me olhou assustado e eu ri alto,mas logo coloquei a mão na boca para que ninguém me escutasse.
__Não,mas digamos que a garota que foi minha vítima surtou e está querendo se vingar de mim.
    Vi ele esboçar um sorriso e goatei disso.
__Acho que não é uma boa idéia ficar perto de você hoje.__falou rindo.
__Não é mesmo. Sou Samantha.
__Arthur.
  Ficamos conversando até que a garota me achou  e jogou os ovos na gente.
  Corremos,mas não adiantou. Fomos para nossas casas fedorentos e sorrindo. E depois desse dia não nos separamos mais.

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