2 - Durma, vou está aqui quando acordar

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Casey Cooke

Hedwig saltitava alegremente na minha frente, ele parecia alheio as minhas observações

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Hedwig saltitava alegremente na minha frente, ele parecia alheio as minhas observações. Minha mente borbulhava, a cada segundo eu formulava uma nova pergunda.

Eu sabia que é errado usar uma criança para atingir o que eu quero. Ele é inocente e não tem culpa de nada, mas nem uma das outras personalidade do Kevin iriam responder as minhas perguntas e principalmente me dizer onde eles se escondem. Abriu uma brecha e eu fui por ela, o Hedwig caiu de mão beijada nesse momento.

Era loucura eu querer ir para a toca do meu sequestrador, era loucura eu me preocupada com a alguém que queria me comer viva.

O que sinto pelo Kevin é desconhecido para mim até hoje, mas mesmo assim, eu estava querendo cair de cabeça em seja lá o que for que eu sentia.

- Hedwig... - ele para e olha para mim. - hm, você quer sorvete de quê? - suspirei por ter sido fraca e não ter entrado no assunto que eu mais queria.

Maldição.

- Morango. - sorriu para mim e pegou minha mão, me guiando para à loja que estava a nossa frente. Travei.

Ele me olhou sem entender nada e eu disse. - Você não pode entrar! - observei suas feições ficarem tristes, apertei sua mão e continuei - Eles podem te reconhecer. - solto sua mão e suspiro - Apesar da clínica ter comunicado que vocês estão mortos, alguém pode estranhar... Entende?

- Nos estamos vivos, né? - choramingou. - Você me vê, não vê? - ele parecia desesperada.

- Claro que eu vejo. - no impulso o abraçei.

Foi estranho até mesmo para mim que não tenho o abito de abraçar ninguém. Quando iria me afastar Hedwig me abraça mais forte, parecia até ser o Kevin voltando, como na clínica quando o toquei e na hora ele apareceu, aquilo surpreendeu todo mundo.

- Eu tenho medo de fantasma e etc.

- Irei te proteger, eu prometo. - e então ele me soltou. - Vá para o canto da loja, na sombra. Volto já. - observei ele se esconder. - Lembre-se, não fale com estranhos.

「」

Sai da sorveteria a procura de Hedwig, mas ele não estava onde deixei. Quando iria virar para olhar em outro lugar quase tenho um infarto por encontar ele atrás de mim.

- Bo! - solta uma gargalhada maldosa.

- Não faça isso, você me assustou. - resmunguei.

- Quero meu sorvete. - ele estendeu sua mão na intenção de tomar o sorvete da minha mão, mas eu desviei.

- Me mostre o caminho de onde vocês estão e eu lhe dou. - disse rápido, no fiu da coragem.

Meu coração bateu tão forte que pareceu que eu tinha engolido uma abelha. Estudei suas feições, ele ficou por cerca de vinte segundos fazendo caretas. Foram os vinte segundos mais lingos da minha vida.

- Eu não posso, Casey. - falou com receio. - Se eu te levar, o Kevin vai brigar e não vai me deixar vir pra luz por muito tempo.

- Ele não vai brigar, eu não vou deixar. - tentei persuadir - Eu estou aqui, e o Kevin confia mim.

- Sim, você é a namorada dele agora. - falou chatiado. - Mas você namorava comigo antes, eu ainda não esqueci que você me trocou por ele e etc.

- Mas eu só segurei na mão dele, Hedwig! - disse constrangida. - Além do mais, você só tem nove anos. - disse andando um pouco, saindo daquele lugar escuro que estávamos. - Por favor, me leve até lá. Eu tenho sorvete. - balancei o sorvete em sua frente.

- Vou te mostrar. - olhou para os lados. - Mas é segredo. - sorriu um pouco e lhe dou seu sorvete. - Tem que ser rápido Casey porquê eles podem voltar logo.

- Onde eles estão?

- Durmindo. - lambeu seu sorvete. - Depois da medica doidona o Kevin quase nunca aparece. Só quando quer dar ordens e etc.

- Ordens?

- É. - lambeu de novo seu sorvete. - Tipo mandar a gente não aparecer ou mandar a gente se mudar para cá. O Dennis não gostou munto disso.

- O Dennis anda fazendo... aquilo ainda. - Hedwig parou de andar e pegou na minha mão.

- O Kevin mandou ele parar. - ele olhou para mim - E então ele parou. - fanalizou e voltou a andar, agora segurando minha mão.

- A fera... - não consegui concluí pois Hedwig me cortou.

- É aqui.

Observei o lugar. Era um lugar simples. Um simples prédio. As paredes pareciam que não viam tinta a um longo tempo, o dono parece que se esqueceu desse prédio. Os portões estão enferrujados e faziam um barulho agonizante quando eram abertos.

Assim que entramos encontrei a portaria vazia, com apenas uma talba de madeira com alguns ganchos e chaves pendurada pregada em uma das paredes. Subimos uma escada que assim como a portaria, estava imunda de tão suja.

Não demorou muito e chegarmos ao seu apartamento. Hedwig tirou uma chave do bolço e tentou abrir a porta sem ter que soltar o sorvete.

- Me de que eu abro. - ele deu de ombros e me entregou as chaves.

Abri a porta dando de cara com a cozinha. As paredes tinham um tom amarelado dando a entender que aquela parede um dia foi branca. A cozinha não tinha quase nada, olhando por cima, mas tudo parecia limpo. Isso deve ser coisa da Patrícia.

Ainda na cozinha olhando para o lado encontrei a entrada para a sala, e olhando para o outro lado encontrei uma porta, que possivelmente era dava para o quarto do Kevin.

Larguei minha mochila no chão, fechei a porta e segui em direção a sala, que era onde o Hedwig se encontrava. As paredes da sala eram da mesma cor que a da cozinha. O sofá parecia um pouco surado mas confortável, dando pelo modo que Hedwig estava jogado.

Me aproximei do sofá e me sentei, olhei para TV onde passava um desenho desconhecido por mim. Hedwig terminou seu sorvete e jogou a embalagem no chão. Olhei chocada para ele.

Lembre-se, ele é uma criança.

- Hedwig, por que jogou no chão?

- Estou com preguiça de ir jogar no lixo. - falou como se fosse algo comum. - Quando a Patrícia aparecer ela joga fora.

- Pegue e jogue fora. - falei ruspida, ele me olhou assustado. - Faça isso, não seja mau educado.

Ele, ainda com o olhar de assustado, levantou, pegou a embalagem e sumiu pela porta da cozinha, mas logo voltou e se sentou ao meu lado.

- Estou com sono. - disse caçando os olhos.

Assim que falou ele colocou sua cabeça em meu colo, o que me assustou e fez com que eu levantasse as mãos para o auto em sinal de rendimento imediatamente. Ele bocejou e pareceu gostar de estar ali. Relaxei e me permite tocar em seus cabelos.

Ele nunca faria nada com você Casey, ele é apenas uma criança. - disse para mim mesma.

- Não quero que você vá embora Casey. - falou baixinho, quase não pode ouvir.

- Durma, vou estar aqui quando acordar. - o vi pegar no sono lentamente, o cansado também me atingiu mas me forcei a permanecer acordada. Apesar de gostar do Kevin, ainda não confio em ninguém, os anos com o meu tio me fez desconfiar até mesmo da minha própria sombra.

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