Estava escrito

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Já fazia mais de uma hora que estavam fora da piscina, secos, fazendo absolutamente nada, somente olhando para o teto da sala de Hande, pensando cada um em uma coisa diferente.

Era quase noite, Kerem estava exausto de tanto ficar no sol e na água e correr atrás dos cachorros de Hande e com o bônus de Hector, aprontando junto. Tinha ido até a casa dela para passar o dia e passar as falas, mas até aquele momento, não tinham feito nada do que tinham planejado.

Hande também estava distraída em seus pensamentos, depois de um dia agradável, ao lado da última pessoa que pensaria, estar passando. Era como um dia de paz no meio de um furacão ou um dia frio em uma época de intenso verão. O fato de estarem lado a lado, esparramados no chão de sua sala, embalados por um silêncio agradável, como se estivessem em um pé muito confortável da relação, onde não é preciso estar falando o tempo inteiro, porque você simplesmente sabe, chocava-a de um jeito que a fazia olhar para o lado e encarar o rosto distraído do homem, com o qual tinha estabelecido essa intensa conexão, que tange o inexplicável.

- Que tal um "era para ser", estava escrito. - de repente Kerem respondeu.

Hande continuou encarando Kerem, querendo saber se ele sabia ler mentes.

- Lê mentes, agora? - seu sorriso aumentou, quando Kerem virou o rosto e passou a encará-la também.

- Não. Eu queria, mas não. Eu só percebi seu olhar, seu suspiro...- um pequeno sorriso surgiu nos seus lábios. - Imaginei que estivesse se perguntando o porquê estamos nesse pé, nos sentindo atraídos um para o outro e como nos conectamos. E essa é a minha explicação.

- Mais ou menos isso. - Hande voltou a encarar o teto. - Estava pensando no quão louco isso é.

- No bom sentido?

- É claro. - ela voltou a olhar naqueles olhinhos lindos e começou a sorrir.

- Que bom, porque assim eu posso fazer isso aqui. - Kerem rastejou até estar mais perto do corpo de Hande. O suficiente para conseguir com que seu nariz chegasse perto da pele do pescoço, fazendo-a se arrepiar.

- Não faz assim...- sua voz saiu abafada.

- Assim como? - se fazendo de cínico, Kerem começou a deixar pequenos beijos no colo de Hande.

Sem ter mais como responder uma simples pergunta, porque seus lábios estavam bloqueados por seus dentes os mordendo compulsivamente, Hande deixou se levar pelo fogo que os lábios de Kerem ateavam à sua pele e colocou os dedos entre os fios cobre de seus cabelos, incentivando-o a continuar.

Com a abertura de Hande para continuar, Kerem continuou explorando, com calma, seu colo, pescoço, topo dos seios, conhecendo cada pedaço daquela mulher que o enlouquecia. Estava amando descobrir cada parte que a deixava mais confortável ou mais excitada, e mais ainda em ouvir os suspiros excitados, a respiração acelerada e o coração à mil de Hande. Ela toda era uma bela melodia que gostaria de aprender a tocar cada nota. Começando pelos lábios perfeitos, dos quais já sentia falta.

O beijo de Kerem era delicado, do ponto de vista de Hande. Tinha o seu lado doce, apaixonado, convidativo...No entanto, cada vez que pedia abertura para aprofundar o beijo, sentia um toque de algo mais que fazia com que a delicadeza se tornasse o sexy e provocante, o ingrediente para ir além.

E ir além, para Hande, significava levar suas mãos até a barra da camisa de Kerem e começar a puxá-la, até que a guerra de lábios cedesse por míseros segundos para que ele pudesse se afastar, e dar caminho para que ela terminasse o trabalho.

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⏰ Última atualização: Dec 15, 2020 ⏰

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