Prólogo - Slip.

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Hei amores, sejam muito bem vindos!
Tenham uma ótima leitura e votem e comentem, ideia atualizar em breve de acordo com a aceitação que a fanfic tiver.
Beijinhos ❤️

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-Eu acho melhor não Z...você sabe que é arriscado. - Louis sentou na beirada da cama, roendo os cantinhos da unha ansiosamente.

Zayn o encara frustrado na porta do quarto, é claro que ele entende o lado de Louis, mas ele estava tão animado pra isso...além do mais, ele mal se lembra a última vez que realmente saiu com o amigo.

De fato Louis não saia pra praticamente nada mais, apenas para as coisas de sempre de sua rotina monótona, era o que o mantinha seguro dentro da sua condição.
Ele com certeza não adora isso, mas não é como se ele tivesse escolha.
Ele é assim desde novo, obcecado por sensação intensas, sensações físicas ou psicológicas que o façam sentir como em um desafio. O problema é que esses desafios não são um jogo seguro onde se aposta uns trocados ou o simples sentimento de vitória, Louis aposta sua integridade, joga com sua própria vida.

Ele sempre soube que havia algo errado, mas a coisa toda explodiu quando ele ficou obcecado por alturas. Aos 15 anos, Louis não conseguia dormir sem sair a noite e procurar pontes ou lugares altos onde ele pudesse subir e quase cair, quanto mais perigoso, quanto mais pavor ele sentia, mais ele desejava, como uma droga. Até o dia que alguém viu, teve polícia, bombeiros, acharam que era tentativa de suicídio e talvez fosse, mas era totalmente inconsciente, uma compulsão.

Louis não era obsessivo compulsivo, não tinha TOC ou nada do tipo, ele apenas tinha compulsão pela própria obsessão, um viciado no extremismo. Sabia o quanto era perigoso para os outros e principalmente para si.
Se obsessão significa o apego exagerado a um sentimento ou a uma ideia sem razão e compulsão é a imposição interna irresistível que leva o indivíduo a realizar determinado ato ou a comportar-se de determinada maneira, então Louis Tomlinson é obrigado a suportar a  imposição interna irresistível que o leva a se apegar de maneira exagerada a um sentimento sem razão.

Perfeito não?

Desde que tomou consciência sobre a deformidade incompreensível de seu cérebro, ele passou a evitar todo tipo de situação intensa. Qualquer coisa que o fizesse produzir mais adrenalina do que o necessário para viver, tinha um emprego chato e convencional, uma rotina bem determinada, era cauteloso para não se machucar e evitava a todo custo situações de risco ou emoções fortes de mais, se envolvia com pessoas que ele considerava medianas, isso quando se envolvia, ele não era muito de se impressionar com pessoas.
Evitava bebidas e drogas e qualquer coisa que com certeza o deixaria viciado, ele já tinha vícios ruins o suficiente, cigarro, banhos gelados ou quentes demais, o que fosse mais doloroso e mais algumas coisas das quais ele não se orgulhava.

Como se se sujeitar a essas situações já não fosse ruim o suficiente, ao contrário do que muitos pensam, Louis não sente prazer com isso, ele não é um impulsivo masoquista, a compulsão é bem pior. Louis se odeia a cada vez que ele cede a pressão, ele luta constantemente contra si mesmo para se controlar, suas ações são completamente egodistônicas, é bom no momento que ele cede, mas depois é o pior sentimento do mundo, uma culpa avassaladora. Como quando estamos fazendo uma dieta, tentando resistir a uma barra de chocolate que com certeza nos fará mal, hora ou outra vamos ceder, cegos pelo prazer momentâneo, mas depois nos sentimos a pessoa mais fraca e inútil do mundo.

Louis é assim, mas com coisas que poderiam mata-lo e é por isso que ele se sente tão inseguro e vulnerável diante da ideia de ir a uma festa. Cheia de luzes, música, bebidas e pessoas que passam longe da segurança pacata que Louis tenta manter em sua vida. Mas ao mesmo tempo ele anseia por sentir todas essas coisas eletrizantes em sua pele novamente.

"OBSSESSED" - L.SOnde histórias criam vida. Descubra agora