O Acordo - Vondy

Capítulo 31

Poucas horas mais tarde, logo após terem jantado pizza junto com os amigos, os quatro estavam na sala de estar e assistiam a um filme.

Ucker: Vocês duas estão chorando? (perguntou ao escutar Anne e Dulce fungar)

Anne: Incessível. Por que vocês não estão chorando? (perguntou encarando Christopher e Poncho)

Ucker: Deveríamos estar? (riu) É só um filme, Anne.

Dul: E o cachorro morreu nele. (resmungou dando um tapa na perna do marido que estava sentado ao seu lado)

Ucker: De qualquer forma, é só um filme. (repetiu dando de ombros) O cachorro não morreu de verdade.

Poncho: Esquece, Ucker. As duas estão de TPM. Você não vai ganhar essa.

Anne: Cala a boca, Poncho. (o repreendeu)

Poncho: Ok, ok. Hora de irmos, amor.

...

Ucker: Se continuar nesse ritmo vai acabar se tornado um vício.

Christopher disse ao aproximar-se da esposa que estava no jardim acendendo um cigarro logo após terem se despedido dos amigos.

Dul: Eu tenho uma tendência a vícios, eu sei.

Ucker: Sei que está nervosa pela reunião de amanhã, mas vai dar tudo certo. Relaxe um pouco. 

Dul: Eu espero que sim. Essas últimas semanas foram estressantes. Todas as nossas energias estavam voltadas para essa campanha e eu não tenho ideia de como estão os outros projetos que minha equipe está trabalhando. Por vezes eu queria poder me dividir em 4. (suspirou frustrada)

Ucker: Eu sei, eu também me sinto assim. Esse ano nossa carga de trabalho está alta, talvez precisemos delegar mais as coisas.

Dul: Vai ser o jeito ou eu definitivamente vou acabar o ano sem conseguir passar um dia sem uma gota de álcool...

Ucker: E viciada em nicotina. (completou, aceitando o cigarro que ela lhe oferecera)

Dul: É o último, prometo. (murmurou olhando-o levar o cigarro a boca e expelir a fumaça segundos depois) Aliás, termine de fumar sozinho. Vou terminar de arrumar a cozinha e subir para o quarto.

Ucker: Tudo bem.

Lhe dando um selinho rápido, Dulce voltou a entrar em casa e Christopher suspirou enquanto sentava-se em uma das cadeiras de frente para a piscina e apagava o cigarro no cinzeiro que estava na mesa ao lado.

Assim como a esposa, fumar era algo que fazia esporadicamente e geralmente quando estava junto com ela, mas sabia que aquilo demonstrava o quão estressada e preocupada Dulce estava com o trabalho visto que era algo que ela não fazia há um ano.

A carga de trabalho havia aumentado muito nos últimos meses e era algo que ainda estavam tentando adaptar em suas rotinas, além de estarem tendo que delegar mais funções do que gostariam aos funcionários da empresa, o que não era uma tarefa fácil para ambos que se pudessem agarravam o mundo com as mãos.

Voltando a entrar na casa alguns minutos mais tarde, Christopher foi direto para o escritório onde trabalhou por cerca de uma hora no computador para então subir até o quarto.

Livrando-se rapidamente de suas roupas, Christopher deitou ao lado da esposa e aninhou seu corpo ao dela, beijando-lhe o pescoço e agarrando um dos seios, apertando-o levemente.

Dul: Demorou. (murmurou sonolenta ao sentir o marido acomodar seu corpo ao dela)

Ucker: Estava alterando um projeto... Já está com sono?

Dul: Por incrível que pareça, sim. Estava apenas esperando por você.

Ucker: Durma, Dul. Amanhã teremos um dia cansativo.

Dul: Boa noite, Chris.