Capítulo 84

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No dia seguinte, 16:00min...

Vendo Rachel, a assistente de Dulce, entrar pela terceira vez em sua sala naquela tarde, Christopher respirou fundo sabendo que escutaria mais uma reclamação.

Naquele dia, assim que chegaram a Nova Iorque, haviam ido direto para a empresa e desde então Christopher escutava de hora em hora reclamações sobre o comportamento de Dulce com os funcionários.

A esposa amanhecera de mau humor naquele dia e alegara sentir-se enjoada, o que estava começando a lhe deixar preocupado.

Ucker: O que Dulce aprontou dessa vez?

Rachel: Na verdade não foi bem ela. A nova funcionária contratada decidiu que seria uma boa ideia bater de frente com Dulce em um projeto que ela mal viu. (mordeu os lábios, olhando-o) Eu juro que tentei alerta-la. Dulce vai demiti-la e Charlotte não está nem há 6 horas aqui dentro.

Ucker: E Dulce tá com um humor do cão hoje. Que ótimo dia pra novata querer bater de frente sobre alguma coisa aqui dentro. (bufou revirando os olhos) Eu juro que quem vai demitir alguém aqui sou eu se continuarem estressando-a.

Rachel: Ela está bem? Em anos trabalhando com ela eu nunca a vi tão estressada com os funcionários.

Ucker: Nem eu. (suspirou levantando-se da cadeira) Vou tentar controlar a fúria dela antes que ela coloque fogo nesse prédio com todos nós dentro... E me faz um favor? Vá na cafeteria do segundo andar e compre um sorvete daquela marca que a Dulce gosta. Sabor morango.

Rachel: Trabalho há tempo suficiente com Dulce pra saber que ela não gosta de sorvete de morango. Não estou afim de aguentar ela agindo como uma cretina comigo, Christopher. Até o momento eu e você fomos os únicos a escapar do mau humor dela.

Ucker: Ela não vai. Por favor, compre o sorvete. Te garanto que vai deixá-la mais tranquila. E você continuará com seu emprego intacto. Nos últimos dias ela decidiu que sorvete de morango é o doce favorito dela.

Rachel: Certo. (suspirou) Eu vou, mas lembre-se que está garantindo o meu emprego, ok?

Saindo de sua sala, Christopher seguiu até uma das salas de reunião aonde a esposa estava e encostou-se no batente da porta enquanto escutava ela falar com Charlotte, uma das novas funcionárias.

Dul: Você realmente concluiu a faculdade, Charlotte? Estudou sobre cores e estímulos psicológicos? Você não pode usar prata na propaganda de uma rede de fast-food. Eles não estão vendendo um celular comestível. Estão vendendo hambúrgueres e batata frita. Precisamos usar vermelho nessa campanha. A empresa quer compradores compulsivos. Quer estimular o apetite do seu público e não fazer com que eles entrem no estabelecimento e peçam pra comprar a porra do computador.

Charlotte: Eu ainda acho que deveria ser prata e verde. (resmungou, cruzando os braços, encarando-a)

Dul: Verde? Verde transmite saúde, Charlotte. (vociferou, batendo com força as duas mãos na mesa) É fast-food. Gordura, açúcar e sal. Preciso desenhar pra você entender?

Ucker: E seu cabelo está quase ficando vermelho de novo de tanto estresse.

Dul: Não se intrometa, Alexander. (disse entre dentes, encarando-o)

Ucker: Sim, eu vou me intrometer. Retomamos essa conversa amanhã. Charlotte está dispensada por hoje. Amanhã você irá trabalhar comigo e se continuar insistindo no erro não precisa voltar na quarta-feira.

Charlotte: Ok, mas eu estou certa.

Ucker: Não. Não está. Vá pra casa, estude, durma bem e volte amanhã sem toda essa presunção.

Charlotte assentiu e despedindo-se num resmungo saiu da sala.

O Acordo - VondyOnde histórias criam vida. Descubra agora