Capítulo 67

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Sentados na toalha de pic-nic que estava na grama enquanto esperavam Anne e Sophie lavarem as mãos, Dulce deitou sua cabeça nas pernas de Christopher, sorrindo ao sentir ele passar a acariciar seus cabelos.

Dul: Você fica agarrado nos meus cabelos tanto quanto eu nos seus.

Ucker: Eu sei, mas você sem dúvidas alguma fica mais. (sorriu) O que acha de termos um cachorro? (perguntou ao ver o filhote descansar a cabeça na barriga de Dulce)

Dul: Sem chances. (murmurou acariciando a cabeça de Barth) Nós mal ficamos em casa. Não quero ter um cachorro para deixa-lo sozinho o dia todo.

Ucker: Será que um dia conseguiremos descansar de verdade? (perguntou num suspiro) Já conversamos tanto sobre isso, mas parece que não saímos dessa rodinha de hamster. Amo a nossa empresa, o nosso trabalho, mas é extremamente exaustiva essa rotina que temos. Temos alguns momentos de folga como agora, mas mais tarde precisamos verificar e-mails, responder mensagens, aprovar projetos, verificar a contabilidade... Nós nunca descansamos de verdade.

Dul: Sinceramente não me vejo parando de trabalhar tão cedo. Sei que conseguimos manter nosso estilo de vida com o dinheiro que temos guardado e investido, mas eu amo aquela empresa. Apenas queria mais momentos assim ao seu lado sem estarmos pensando em trabalho.

Ucker: Uma parte da nossa vida sempre estará desfalcada se continuarmos nesse ritmo, Dulce.

Dul: Nos casamos por esse motivo, não? (perguntou inclinando a cabeça para olha-lo melhor) Para continuarmos trabalhando com as nossas próprias empresas.

Ucker: Claro, mas jamais imaginei que teríamos um relacionamento assim hoje em dia.

Dul: Não estava nos nossos planos nos envolvermos tanto sentimentalmente.

Ucker: Não tinha como isso não acontecer, Dulce. Era certo que iríamos nos apaixonar em algum momento. Desde o início nos relacionamos como qualquer casal normal. E agora a minha prioridade não é mais o trabalho e sim passar mais tempo de qualidade com você.

Dul: Eu sei, baby, eu sei... E se começarmos a reduzir nossa carga de trabalho diária? Impor horário a nós mesmos e passar a deixar o trabalho para ser feito apenas na empresa e em horário comercial. Chega de trazer coisas para fazer aqui em casa.

Ucker: Você acha que consegue?

Dul: Nunca vamos saber se não tentarmos. Vamos ficar como baratas tontas por um tempo sem poder trabalhar aqui em casa, mas em algum momento vamos acostumar.

Ucker: Certo. (sorriu acariciando a bochecha dela) Então a partir de segunda te encontro em casa no máximo às seis da tarde.

Dul: E você ficará responsável pelo jantar.

Ucker: Nem pensar. Iremos cozinhar juntos.

Dul: Não, Chris. Sou péssima nisso. (choramingou)

Ucker: Não é não.

Assim que Anne e Sophie voltaram, os quatro comeram e logo após, enquanto Ucker brincava com a sobrinha e Barth, Dulce conversava com a amiga.

Dul: Então ele pode ver sua boc...

Ucker: Dulce! (a interrompeu, repreendendo-a ao entender o que ela iria falar) Meça seu linguajar.

Dul: Você nem sabe o que eu ia falar, fofoqueiro.

Ucker: Sim, eu sei exatamente o que você ia falar e não quero ter que dar explicações pro meu irmão depois.

Dul: Pare de escutar a nossa conversa, Uckermann.

Ucker: Controle sua boca suja. (resmungou levantando-se e pegando a sobrinha no colo com um dos braços e com o outro braço segurando o cachorro) Vamos, pequena, vou assistir um filme com você enquanto brincamos com o Barth lá na cama.

Dul: Filho da puta. Meus lençóis limpinhos. Eu arrumei tanto aquela cama antes de sairmos hoje à tarde. (resmungou baixinho fazendo Anne rir) Enfim, ele pode te ver nua e não pode ver seu celular por que é muita intimidade? (a encarou novamente) Deixe de palhaçada, sim? E marque logo a data desse casamento. Poncho realmente te ama, Anne.

O Acordo - VondyOnde histórias criam vida. Descubra agora