Chapter VIII - Martyrdom | parte 1

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tá MUITO atrasado, mas feliz aniversário, vidinha minserkill 🥺💖

30 de setembro de 2003 - Terça-feira

Quando acordou, sua visão estava embaçada, aquela luz forte refletida naquele amontoado de branco a fez fechar seus olhos com força.

Ouvia um beep insuportável vindo de uma máquina ao seu lado e sentiu uma dor aguda em seu ombro direito, o que ela abriu suas pálpebras novamente, piscando algumas vezes para que suas retinas se acostumassem com a luminosidade exagerada do quarto em que estava.

Ela não estava entendendo bem o que diabos estava acontecendo, até que observou o ambiente ao seu redor.

Percebeu que aquele não era seu quarto, muito menos aquela era sua cama, e, ao se dar conta de que estava conectada à alguns fios, se assustou.

O monitor de onde vinha aquele barulhinho incessante mostrava seus batimentos cardíacos, que se aceleraram no mesmo segundo que entendeu o que estava acontecendo, lágrimas encheram seus olhos quando memórias da noite que havia se sucedido lhe invadiram a mente.

A discussão, o caso que havia perdido e, por fim, o tiro.

Quando estava prestes a apertar o pequeno botão ao lado de sua cama e avisar à qualquer interno ou enfermeira de que havia acordado, a porta foi aberta, fazendo-a olhar imediatamente naquela direção.

— Ah, você acordou, srta. Cabot. – Hammond constatou o óbvio, dando um sorriso político para ela.

Alex nada disse, tentando entender o que raios ele estava fazendo ali, afinal, sua última interação fora um tanto... explosiva.

O homem se aproximou da cama, enchendo um copo de água com a jarra que era encontrada no criado-mudo, entregando-o para a loira, que, hesitante, o aceitou.

— Sei que está tudo um pouco confuso, mas Alexandra Cabot está oficialmente morta. – falou ao colocar suas mãos atrás de suas costas e, Alex, que estava prestes à beber a água que lhe havia sido entregada, parou o copo antes de alcançar sua boca, arregalando os olhos ao que ele disse.

— C-Como? – perguntou. Sua voz estava rouca e trêmula, completamente diferente ao que eram acostumados à ouvir vindo dela.

— Por pouco você não morreu ontem e é provável que, se souberem que você está viva, Velez não vai deixar você em paz, tampouco sua família... – ele explica, puxando uma cadeira do canto do quarto para se sentar próximo da cama. — por isso, decidimos te colocar no Programa de Proteção à Testemunha.

2ª semana depois do funeral

Alex estava mal. Não conseguia comer a quantidade de comida que deveria e, se ela não tivesse uma obrigação à cumprir em seu novo trabalho, ela mal sairia da cama.

Seu corpo inteiro doía, se sentia fraca e impotente. A cada dia que se passava, mais ela se sentia daquela maneira. Como se o tempo - como muitos alegavam ser a cura -, na verdade fosse um veneno, seu martírio.

Queria poder ligar para sua mãe e dizer que estava viva, apenas para que a mulher não se preocupasse tanto e deixasse seus familiares avisados e tranquilos, mas sabia que aquilo não poderia acontecer.

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