[CONCLUÍDA]
❝ Jimin ficou viúvo muito jovem. Jackson não resistiu à um acidente, deixando Park sozinho e grávido. Sem opções, ele se vê cuidando da única coisa que alegrava seu marido: Uma livraria no final de uma rua movimentada em Busan, onde viv...
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Jungkook trabalhou na livraria naquela tarde. O calor de setembro tomando seus poros suados enquanto a loja se abastecia de clientes. Quinn e Mattheo atendiam as estudantes e Emma arrumava as estantes de literatura chinesa.
— Acho que você deveria vir aqui — Ele reclamou. — Eu não sei onde se guarda os livros brasileiros. Tem quatro alunos querendo minha cabeça em um prato se eu não entregar os livros sobre Pagu. E eu nem sei quem é ela.
— Os meninos ainda estão ardendo em febre. — Jimin explicou pelo telefone — Eles ficam perto da sessão do Raul Pompeia. Que fica perto do Carlos Drummond de Andrade, e fica perto do Paulo Coelho, que fica perto do Machado de Assis que fica do lado da literatura hispânica.
— Que significa...
— Segunda estante á direita — Jimin riu — Boa sorte, e obrigado por isso.
— Vai me recompensar depois, eu espero. Era meu dia de folga e eu estou tentando entender sobre a Semana da Arte.
— Terá um boquete maravilhoso mais tarde. Te amo, beijos.
Jimin desligou e Jungkook empilhou os livros no balcão.
— Ok, eu achei esses livros aqui — Ele explicou — Quem foi que pediu o Ateneu?
Depois de atender os estudantes, Jungkook andou pela ala infantil. As mesinhas e cadeiras com lápis e canetinhas para as crianças se deleitarem com a visita, estavam todas organizadas.
Com a exceção de uma.
Nela, uma menina de um pouco mais de quatro anos, estava sentada. Seus cabelos loiros presos em um coque e ela usava um par de óculos de grau. Usava vestidinho de verão com um casaquinho de flores.
Ela cantarolava algo e então, Jungkook se aproximou dela.
— Olá — Ele sorriu — Está perdida?
A menina ergueu os olhos da folha que desenhava.
— Estou esperando minha vó. Ela está comprando livros.
— Ah claro. Você gosta de ler?
— Eu ainda não sei ler muito bem. Mas eu gosto de desenhar.
— Gosta?
— Sim.
— E o que tanto desenha?
— Minha mãe e o meu anjo. Meu anjo de guarda.
— É mesmo? E cadê a sua mãe?
— Ela morreu quando eu era um bebê.
— Ah...
— Não conheci ela. Não me lembro dela, mas eu desenho ela.