3: Niki e Jungwon, para sempre irmãos

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  Coreia do Sul e Japão se mantinham em um desconcerto grande por uma pequena criança. Nishimura até então, tinha passado cinco anos morando no subterrâneo prédio japonês, todavia, agora que suas habilidades foram compartilhadas, outro o queria.
  A enorme desavença terminou com a vitória da Coreia e a derrota do Japão, a qual levou Riki a ser transportado clandestinamente por navio até o país.
  O prédio subterrâneo da Coreia parecia ser tão grande quanto o outro, alas medicinais e salas gélidas com fumaças brancas que vagavam como almas.
Nishimura era a coisa mais importante para eles, mas também, tratado como um desgarrado.
  Ele era levado a força para todos os cantos, agarravam seu braço e o levavam sempre para outras salas; ele se debatia enquanto seus pés estavam fora do chão, gritava, querendo ser solto.

  Ele passava por testes desumanos, seu sangue era coletado de maneira sucessiva, as provas bizarras sempre o faziam sair com um novo aprendizado.
  Então, em um pequeno espaço de tempo depois, vozes começaram a surgir com frequência. Eram vozes de crianças que pareciam sair da cabeça do menino, que estava começando a ficar ébrio de seus próprios pensamentos. Entretanto, ele percebeu que aquelas vozes eram um tanto reais demais para serem algo que saía de sua cabeça.
  Preso em um pequeno quarto no canto leste da grande organização subterrânea, ele se levantou da cama e colou seu rosto na pequena fresta de vidro da porta de metal. Olhou para os lados e viu outras crianças como ele, enfileiradas.
  Todas as vezes que tiravam ele de seu quarto, ele via as salas dos corredores ocupadas, antes sequer possuíam vivalmas. O lugar estava se parecendo com uma ala pediatra de um hospital.
  Na sala um estava ele, o primordial de toda a ordem, após isso, o grande corredor se estendia vazio. Riki ficava afastado de todos. Aquele lugar era como um jogo de palavras cruzadas, cheio de corredores que cruzavam uns aos outros e os quadrados onde vão as letras eram as salas, construídas em um perfeito cubículo.

  Um dia, às quatro da tarde, assim que abriram sua porta do quarto, não encontraram Nishimura. Olharam em volta do quarto, até mesmo de baixo da cama, mas ele não estava lá.
  Ele estava deitado no teto se arrastando até a porta, saindo por ela e a fechando com rapidez. Os guardas ficaram presos lá dentro, no escuro e no frio.
  Seja qual for o corredor por onde Riki passava, as câmeras travavam. Não foi difícil para os chefes perceberem que quem estava fazendo aquilo era a mais exímia criança.
Por onde ele passava, alguém era vítima de uma defesa pessoal corrosiva. Nishimura estava na veemência da fúria e do medo. O elevador que ele entrou para subir até o térreo não funcionava, ele apertava todos os botões com desespero. Em sua frente, também enfileirados, um grupo de soldados armados vinha para lhe tirar dalí.
Riki então, segurou as portas do elevador com as próprias mãos e a fechou. O baque delas batendo repentinamente uma com a outra devido a força as amassaram, ele abriu a portinha de cima e subiu. Se pendurou na corda que segurava o elevador e subiu até o térreo.
  Todavia, o andar estava lotado de agentes lhe esperando.
  Ele continuou subindo pela corda assim que seus olhos enxergaram quase um exército de homens armados lhe esperando no segundo andar.

  Nishimura continuou subindo pela corda, até que estava no quarto andar. Suas mãos sangravam e seus braços estavam moles, a roupa branca de manga comprida o fazia suar.
Passos pesados surgiram atrás dele à uns metros, ele voltou a correr. Estava indo para uma sala sem saída, mas não queria desistir de fugir.
  Pensou duas vezes e até mesmo três antes de tomar aquela decisão. Se jogou com força contra a janela e caiu. Seu corpo parou no ar quando estava cinco centímetros do chão, e então, finalmente caiu de novo.
Se levantou, ainda sobrara passar pelo portão, mas era arriscado.
  Novamente correu, dessa vez até o estacionamento, subiu pela van que estava parada na frente do muro. Era possível passar, mas ele levaria um baita de um choque causado pelas cercas elétricas que junto com o muro, rodeavam o prédio.

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