Alisson Booker Routledge vivia em Denver no Colorado, com sua mãe desde seus três anos de idade. Ela mantinha contato com seu pai e seu irmão gêmeo, John B - que era mais velho que a mesma por alguns minutos -, sempre que podia. Porém um dia ela rec...
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GRANDES PLANOS — CAPÍTULO QUATRO ( season one )
— JJ, esse pão está mofado há três dias! — avisou Alisson ao amigo que estava na cozinha da casa.
— Vou tirar as partes mofadas — ele retrucou enquanto passava manteiga de amendoim na fatia. — Aliás, mofo faz bem. É só um organismo natural.
— JJ! — Kie o chamou. O loiro apressou-se para chegar á sala onde os demais amigos se encontravam observando John B abrir o pacote encontrado no cemitério.
— Vamos lá! — o loiro incentivou. Logo depois levou a fatia de pão mofado até a boca e fez uma cara de nojo acompanhada de um falso vomito.
— Precisamos fazer compras e arrumar esses armários. Urgentemente — comentou a garota Booker, revirando os olhos.
— Puta merda — John disse ao seu lado, ao abrir o pacote que continha um mapa dentro.
— O x marca o local — Pope apontou para o x no mapa.
— Longitude, latitude — John B explicava aos que observavam. — Espera, tem outra coisa aqui dentro.
Do pacote, retirou outro objeto e o observou.
— O que é isso? — perguntou o loiro.
— É um gravador, tonto — Kie o explicou.
Alisson observou o objeto e se perguntou o que estaria gravado ali. Foi quando JB apertou o play.
— Querido Bird — a voz gravada no objeto começou a dizer. Alisson não demorou para reconhecer: era de seu pai. Seus olhos lacrimejaram por um segundo ao ouvir a voz do homem o qual tinha tanta saudade.
— Quem é Bird? — JJ questionou-os.
— É como meu pai me chamava — o Booker explicou.
O gravador continuou tocando e a voz do pai Booker preenchia o ambiente. Ele falava sobre o Merchant e outras coisas.
No final da gravação ele disse: — Eu amo você, Bird. Apesar de nem sempre ter demonstrado. Diga á sua irmã que eu também á amo. Quando eu voltar eu vou busca-la, e nós três viveremos juntos. Vejo vocês do outro lado.
A voz parou. Alisson sentia as lágrimas salgadas escorrerem calmamente pelo seu rosto. O irmão desorientado pela gravação que haviam escutado, se levantou e encostou-se em uma parede ao lado, desabando em lágrimas. Ela se aproximou de maneira doce e calma, abraçando-o e depositando um beijo em sua cabeça, em tentativa de consolo. Ele havia passado muitas mais coisas com seu pai do que ela passara. Aquele era um abraço caloroso e aconchegante.
☼
— Quanto tinha mesmo? — JJ perguntou.
Os pogues estavam todos reunidos no cais do palácio – nome o qual haviam dado á casa dos Bookers.
