Celina estava apenas querendo um dia tranquilo em casa, longe do caos da semana, quando se depara com Hendrik, o melhor amigo de seu irmão, sentado na sala, rindo de algo bobo que ele disse. Ela sempre o conheceu de longe, mas nunca trocou mais do que palavras educadas com ele. A presença de Hendrik, no entanto, traz um tipo de desconforto diferente, uma sensação de que algo está mudando. Ao longo da tarde, entre piadas, silêncios e conversas casuais, Celina percebe olhares que antes não existiam. A forma como Hendrik fala, o jeito distraído com que passa os dedos pelo cabelo, tudo parece ganhar um significado novo para ela. Hendrik, por sua vez, também se vê intrigado, observando Celina de um jeito que nunca tinha reparado antes. Ambos sabem que nada foi dito claramente, mas a tensão entre eles é quase palpável. Talvez seja só o ambiente ou o acaso de estarem juntos naquele momento, mas algo ali, na simplicidade do cotidiano, começa a plantar uma dúvida em ambos: e se esse encontro não for apenas uma coincidência?