Marido De Mentirinha

O queridinho💍

— Bem... não queremos forçar vocês a nada, mas... o que acham de darmos uma pequena recepção?

— O quê? — Jungkook parou de mastigar o pedaço de carne e olhou para o pai como se o mesmo fosse um alienígena sentado à mesa.

— Seria uma festa de casamento simples, nada muito pomposo. — reforçou.

— É que tantas pessoas nos param na rua para os parabenizar, querido. — Yuna alcançou a mão do filho, lhe tocando com ternura. — E vocês não tiveram uma festa em comemoração, sequer ganharam presentes.

— Presentes? — Jimin ergueu a cabeça em alerta. Se fosse um gato, suas orelhas estariam levantadas.

— Não, não, não. — Jungkook levantou da mesa pegando a travessa vazia da salada para abastecer.

— Oh... Não seria uma boa ideia fazermos uma lista? A casa ainda parece um pouco vazia. — Jimin comentou.

— Sim, poderíamos fazer isso! — a senhora Jeon bateu palmas, empolgada.

Jungkook pigarriou forte assim que voltou.

— Jimin?

— Pois não, meu biscoitinho?

— Não acha que uma recepção seria algo desnecessário?

— Hum... — o loiro fingiu pensar batendo os longos cílios. — Não.

— Pai, mãe... — limpou as gotículas de suor na testa, tomando um tempo para falar. Nada vinha à mente. — É que nosso humor anda meio morno... Jimin e eu estamos constantemente discutindo, então não acho que teria clima...

— Por isso sua mãe e eu concordamos que é o remédio certo. Como um recomeço, sabe? Veja o Jimin. Ele é novo na cidade, mas em pouquíssimo tempo todos já o ama. Me arrisco a dizer que é o queridinho de Dobb's Mill. Até o padre Kelmon se ofereceu para abençoar os votos. Seria uma forma de comemorar a união de vocês. — persuadiu Seokjin como um perfeito orador.

— Eu acho que está muitíssimo certo, senhor Jeon. — Jimin sorriu radiante.

Receber presentes? Isso seria maravilhoso, sequer lembrava a última vez que ganhou um.

— E tem outra coisa, Jimin... A não ser que se sinta à vontade, gostaria que me chamasse de pai.

O som de algo se estilhaçando fez todos pularem da cadeira.

— Querido?! — Yuna gritou pasma, vendo toda salada espalhada no chão.

— T-tudo bem, eu limpo! Vou p-pegar a pá.

— Não, eu não me importo... papai. — o loiro sorriu de um jeito tão fofo que as bochechas taparam totalmente sua visão, por isso não conseguiu ver a caranca de Jungkook quando voltou com a pá e a vassoura.

— Bom, vou dizer o que pensamos: queremos incluir sua família. Tios, tias, primos de primeiro grau e seus pais, claro. Oh, que insensível da minha parte, esqueci de perguntar se tem irmãos. Você tem?

— Não, sou filho único.

— Então traga todo mundo que quiser, queremos ver a casa cheia!

— Eeeerr... Acho que já está fugindo do controle. — Jungkook finalmente se manifestou. — Era para ser algo mais privado, não?

— O casamento é mais que duas pessoas, querido. Somos um todo. — disse a jovem senhora, tomando a frente da bagunça que o filho estava fazendo com o lixo.

— Mas não precisamos convidar a família dele.

— Jungkook! — rugiu Seokjin, repreendendo a atitude do filho. — Queremos conhecê-los. Agora os Park serão nossa família também!