Capítulo 41

315 40 5
                                    

Eu estava morta de cansada e minhas olheiras enormes só não estavam aparentes por conta da maquiagem levemente exagerada, não deveria ter ido dormir tão tarde ontem

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Eu estava morta de cansada e minhas olheiras enormes só não estavam aparentes por conta da maquiagem levemente exagerada, não deveria ter ido dormir tão tarde ontem. Depois da conversa que tive com a Vovó senti um alivio tomar conta do meu coração, nunca gostei de esconder as coisas que se passavam na minha vida dela e esconder tudo o que meus pais fizeram estava me destruindo por dentro

sentia meus que olhos estavam cansados de mais para se manterem abertos por muito mais tempo então resolvi dormir um pouco.

Abri a porta de meu quarto e vi que estava tudo em ordem exatamente como eu tinha deixado, excerto pela caixinha de madeira onde eu costumava guardar algumas fotos ou objetos importantes. Me aproximei da cama e sentei-me ao lado da caixa, olhei para ela por alguns longos segundos e sem pensar duas vezes peguei-a e coloquei debaixo da cama. Respirei fundo, tirei meus sapatos e me deitei na cama. Minha mente estava limpa, sem pensamentos algum e tudo que eu via era o teto branco em minha frente

Os dias na casa da minha vozinha foram excelentes, mas infelizmente eu tinha que voltar para casa, uma semana longe de tudo me fez um bem danado e além disso eu não poderia perder a festa de aniversário da minha melhor amiga e pelo que soube a festa iria ficar guardada na memória. Tentei convencer a vovó a ir morar comigo em São Paulo mas ela se recusa a deixar a casa dela abandonada, mas eu tenho minhas duvidas se o motivo é apenas esse já que agora ela está de namorico com o novo vizinho, o seu Joaquim aparenta ser uma boa pessoa e faz muito bem para a vovó e se ela está feliz, eu também estou.

Estava terminando de organizar minha mochila quando vovó abriu a porta do quarto e entrou, ela se sentou à beira da cama enquanto suas mãos foram de encontro a uma das últimas peças de roupa que estava sobre a cama, ela dobrou a peça e me entregou antes de começar a falar

— Amélia antes de você ir queria te dá um concelho, a vida é curta de mais para vivermos presos a erros do passado. Não deixe uma situação ruim estragar o bom relacionamento com o seu namorado, sei que a atitude dele com você não foi certa mas todos nós estamos fadados a errar na vida. Se você gosta dele mesmo deve conversar com ele e tentar resolver essa situação — eu sei que ela estava certa pois eu não poderia ficar fugindo para sempre, a pior parte de tudo isso era que eu sentia muito a falta dele. Felipe tinha se tornado uma pessoa importante em minha vida

— O que seria de mim sem seus concelhos vó — me sentei ao seu lado e à abracei forte — eu me sinto melhor agora, mas ainda não sei se devo corresponde-lo assim tão depressa, afinal ele me magoou muito — ela sorriu antes de falar novamente

— Você é geniosa igualzinho ao seu pai, não tem como negar que o sangue que corre nas veias dele, também corre nas suas. Você decide se quer continuar alimentando essa ferida e deixa-la crescer ainda mais ou se decide perdoar e viver o presente ao lado da pessoa que você gosta

Vovó sempre foi uma boa pessoa, eu queria ser feito ela. Conseguir perdoar e esquecer o quanto sofri, mas não sei se sou capaz de passar por cima de tudo isso e fingir que nada aconteceu.

Ela me deixou sozinha com meus pensamentos assim que a campainha tocou, terminei de organizar tudo e fui em direção a sala e como era de se imaginar lá estava seu Joaquim sentado no sofá da sala ao lado da vozinha, até pareciam um casal de adolescentes. Assim que me viu ele se levantou as pressas e veio até mim

— Gostei muito de te conhecer, espero que faça uma boa viagem — ele disse depois de me cumprimentar

— Muito obrigada seu Joaquim, foi bom conhecer você também. E se não for pedir muito, cuida bem da vó ela fica deprimida se passar muito tempo sozinha

— Prometo que ficarei de olho — sorrimos com o gesto que ele fez com a mão puxando a parte inferior do olho

Me despedi da vovó com um abraço apertado e tentei ao máximo não chorar, pois a vontade de deixar as lágrimas caírem era gigantesca. Meu táxi tinha acabado de chegar então me apressei, mas assim que entrei no carro vi a vovó correndo em minha direção

— Trouxe isso para você, sei o quanto é importante — eu agradeci mas não olhei o conteúdo que tinha na bolsa que ela me entregou, estava prestes a me atrasar e não poderia perder o vôo


Tive que me encontrar com a Sara já que ela ficou com minha chave, assim que chegamos em casa guardei as roupas que tinha levado comigo e só depois me lembrei da bolsa que vovó me entregou, peguei a bolsa e abri o zíper e vi que o que estava lá dentro era a minha caixinha de recordações, dexei-a jogada em cima da minha cama e fui tomar um banho rápido.

— O que é? — Sara perguntou curiosa

— Algumas recordações

Entrei no banheiro e tomei meu banho mas quando voltei ao quarto vi a caixa aberta e sobre minha cama estavam as lembranças da maior decepção da minha vida

— Quem é esse? — Sara estava com nossas fotos nas mãos

— Quem é esse? — Sara estava com nossas fotos nas mãos

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

🖤

Era DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora