Can you be my nightingale?

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Já estava escuro em Miami, as ruas estavam movimentadas, não importa o dia, Miami vai ser sempre movimentado. Pensei em passar o dia inteiro em meu apartamento, ou melhor, meu e de Lauren. Mas como tudo o quê estava nele lembravam-me dela, decidi não passar o resto da tarde aqui... Desde a sua morte, fazia um tempo que eu não via minha família, estava com uma saudade inexplicável de todos... Mas tudo o que eu sentia hoje e vou começar a sentir a partir de agora, será saudades.

Após um banho, vesti uma calça jeans escura, uma blusa de moletom larga da Lana Del Rey, certamente de Lauren e meu inseparável all star branco. Antes de ir para a casa da minha mãe, no caminho, decidi passar em um pet shop, sim... Já que eu estaria sozinha naquele apartamento, seria completamente bem vinda a chegada de um animalzinho.

- Olá, Camila!! - Vero exclamou sorridente. Como ela conseguia sorrir? Ela era a melhor amiga de Lauren.

- Vero! - Dei um sorriso torto. - Quanto tempo! - Eu realmente sentia saudades dela também, Verônica Iglesias era uma pessoa ótima, as vezes pode ser considerada uma " influência" , mas quem a conhece direito, vê que ela é uma pessoa maravilhosa, cheia de alegria.

- Verdade. Mas então, como você est... - Ela travou. - Veio fazer o quê aqui?

- Eu queria adotar um cachorro. - SorRimosm graça.

- Ah, veio ao lugar certo. - Ava. Rimos - Enfim, tem alguma preferência?

- Não, para falar a verdade, eu quero que seja um cachorro bem fofo, tipo, com bastante pêlos. - Ri.

- Ah. - Ela me deu passagem, entramos em um lugar onde tinha vários cachorros soltos em uma espécie de "parque". - Pode escolher.

- Obrigada. - Sentei no chão, veio exatamente todos os cachorros para cima de mim, exceto um. Vero riu e tentou tira-los de mim. - Pode deixar, Vero.

- Eles são um pouco carentes. - Soltou uma risada abafada.

- Percebi. - Fui me aproximando de um que estava no canto brincando com uma bola, eu o chamei, mas ele não me deu atenção, era como se ele estivesse em sua própria bolha, onde o resto do mundo não se encaixasse com seus " planos ". - Ei, pequeno. - Ele empurrou a bolinha até mim. Eu a peguei e levantei a mão, ele veio correndo para tê-la de volta. Ri com a pressa do animalzinho. Peguei a bolinha e joguei uns três metros de distância, ele a pegou e trouxe para mim novamente. Ele era lindo, era felpudo, pequenininho e era como se fosse o tipo certo de cachorro que eu precisaria. Ao notar que eu não joguei a bolinha de volta ele latiu, só então eu resolvi jogar um pouco mais longe, repeti o ato umas quinze vezes, até decidir ficar com ele. - Vero! - Ela se aproximou.

- Gostou deste daí? Poucas pessoas o nota, ele é sempre quieto. - Ela sorriu. - Mas é lindo, super carinhoso, vai leva-lo? - Assenti.

- Posso pega-lo? - Ela assentiu e eu peguei o pequeno no colo. - Vou te chamar de Léo!

Fiquei uns minutos conversando com Vero, depois de fazer tudo o que tinha para fazer para constatar que agora o cachorro era meu, tinha pedigree e tudo mais. Fui para a casa da minha mãe, Léo estava no banco do passageiro, eu havia colocado algumas toalhas para impedi-lo de cair.

- KAKI!! - Sofi abriu a porta em um estrondo, pulando no meu colo, que saudade eu sentia dessa pequena.

- Sofi, meu amor! - eu a abracei com todas as forças. Vi que Léo já havia descido do carro.

- Quem é esse? Que lindo, meu Deus! - Sofi falou o pegando no colo e fazendo um carinho de leve em sua cabeça.

- Eu acabei de compra-lo, seu nome é Léo. Lindo né? Vamos entrar? Cadê a Mama? - Falei fechando as portas do carro e as trancando.

until your heart stops beatingOnde histórias criam vida. Descubra agora