q u i n z e

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Estou a quase meia hora deitada com o rosto enterrado no travesseiro de minha cama, tentando ao máximo esconder a  vermelho vermelha de minhas bochechas, igual a um pimentão de feira de domingo

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Estou a quase meia hora deitada com o rosto enterrado no travesseiro de minha cama, tentando ao máximo esconder a  vermelho vermelha de minhas bochechas, igual a um pimentão de feira de domingo.

– Você sumiu por apenas alguns minutos, não foi nem uma hora completa! – Sam falou andando de um lado para o outro, com os seus saltos se chocando contra o piso. – Como foi que nesse meio tempo em que não estava ao seu lado, você se meteu nessa confusão?

Essa é uma pergunta que estou me fazendo desse o momento que sai daquela casa de perturbados, como permiti que aquilo chegasse a uma situação tão crítica é um mistério que eu não entendo, assim como o universo.

Assim que saí praticamente correndo do quarto luxuoso de Alexia, procurei por Sam em todos os cômodos da casa em busca de ajuda e de auxilio para não cometer mais nenhum erro naquela noite, após muito esforço acabei a encontrando na cozinha comendo alguns doces ás escondidas para não ser pega por ninguém.

Nem deixei que ela perguntasse nada sobre a minha cara nenhum pouco boa e a puxei pelos braços e a levei em direção a saída do lugar sem ao menos dar um bom motivo, só comecei a falar o que acontece quando finalmente chegamos em nosso quarto e me senti segura o suficiente.

– Eu não tenho ideia de como tudo começou, quando me dei conta já estava naquele quarto com aquelas pessoas estranhas ao meu redor. – Respondi sem ao menos encara-la.

Sam parou de andar.

– Então, Alexia lhe levou para o seu próprio quarto para jogar sete minutos no paraíso? E você se sentindo acuada aceitou e acabou em um lugar apertado com Ethan Walker. – Sam continuou perguntando como se isso a ajudasse a compreender e digerir as informações que joguei em cima dela.

– Sim.

– Não tinha ninguém pior, não? – Sam indagou em tom irônico. – Sei lá, tipo o próprio Frankenstein ou o Drácula.

Gemi em frustração e me obriguei a encarar a minha amiga para explicar novamente o que tinha acontecido.

– Isso não estava em meus planos. – Retruquei. – Não foi como se eu tivesse ido para a essa festa, com o intuito de beija-lo.

– Você beijou ele? – Perguntou quase se engasgando com a própria saliva. – E eu pensando que isso não poderia ficar pior.

– Eu não tive muita escolha, Ethan começou a me pressionar e me fazer perguntas muitos pessoais e você sabe muito bem que...

– Você não funciona sob pressão. – Sam completou com certo pesar. – Não se esqueça que escuto esse discurso desde que nos tornamos amigas.

Sam se sentou do meu lado e respirou fundo visivelmente preocupada, seus cabelos lisos e castanhos claros estavam enrolados nas pontas de tanto ela enrolar nos dedos, uma mania que sempre fazia quando estava nervosa e o meu coração pesou em saber que isso é minha culpa por ser tão impulsiva e cabeça quente.

– O que você vai fazer agora? – Sam perguntou após um tempo de silêncio.

– Vou continuar como antes e seguir com a minha vida normalmente. – Falei pausadamente tentando acreditar nas minhas próprias palavras.

Sam me olhou incrédula.

– Você não acredita nisso, não é mesmo? – Sam indagou com a sobrancelha arqueada. – Ainda não entendo o motivo de Alexia não ter surtado com isso, ainda mais quando ela fez tanto mal para a Sabrina por causa dele. – Continuou. – Porém esse silêncio não significa que nada irá mudar.

– Por que você acha isso? – Perguntei preocupada, tudo o que menos queria no momento era mais um problema.

– Pelo que você me contou, Ethan não vai te deixar em paz tão facilmente.

Neguei com um aceno de cabeça.

– Fizemos um acordo bem claro, ele não deve me procurar por nenhum motivo. – Expliquei com um pouco de esperança. – Mesmo que ele tente me encontrar, Ethan não sabe nada sobre mim, nem mesmo o meu nome.

Sam deu de ombros e ficou um pouco mais calma.

Espero estar certa sobre isso e que Ethan não seja tão persistente como pareceu ser quando pediu – ou melhor dizendo, exigiu – que eu fala-se o meu nome.

– Isso já é um bom começo para a sua redação. – Sam falou com um semblante divertido, me lembrando do meu trabalho. – Se a sua professora não te der um dez, ela tem sérios problemas.

Só de pensar na confusão que a minha professora me causou, minha enxaqueca começou a atacar fervorosamente como se houvesse um martelo batendo em minha cabeça.

– Não quero nem falar sobre isso. – Resmunguei me jogando contra o colchão. – Nesse momento só quero dormir o resto de noite que ainda tenho e orar para que isso tenha sido um pesadelo.

Sam se levantou e jogou uma coberta sobre o meu corpo com cuidado, quando estava prestes a apagar a luz do quarto falou:

– Vou te deixar dormir, você vai precisar de toda a sua força para tentar esquecer essa noite. – Continuou um pouco mais serena. – Nunca mais em minha vida te levo para uma festa.

Não pude evitar de rir.

Porém, apesar do enorme sono que estava prestes a domar o meu corpo e da minha vontade de esquecer o que tinha acontecido naquela closet, mesmo que inconscientemente as imagens do momento voltam a minha mente me impedindo de dormir.

Samantha está totalmente perdida nessa história da Adela, coitada 🤣

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Samantha está totalmente perdida nessa história da Adela, coitada 🤣

Espero que tenham gostado!

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E S T R E L I N H A ⭐️

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