James se irritou ao ver o prédio de Regina, cercado por carros de polícia.
Os policiais em pé na portaria, estavam revistando qualquer pessoa que adentrava o local, logo ele não conseguiria entrar... Não com a pistola escondida sob seu paletó.
_Droga. - Rosnou, sentindo o sangue ferver.
Não podia ser apenas coincidência, aquele lugar era tão tranquilo, não fazia sentido ter tantos policiais ali.
A não ser que...
James preferiu não levar adiante aquele possibilidade, não queria acreditar que foi traído por um membro de sua família.
Ele se aproximou de um dos porteiros, que observava tudo de longe.
_Nunca vi tantos policiais juntos. - Comentou, chamando a atenção do homem. - Sabe o que aconteceu?
_Denúncia anônima. - O porteiro respondeu. - Uma tentativa de assalto, ou algo assim. Na certa, foi algum engraçadinho desocupado, mas os policiais decidiram averiguar.
_Essas crianças de hoje em dia. - James comentou, recebendo um sorriso do porteiro. - Está no seu turno?
_Sim, eu deveria estar lá dentro.
_Vim visitar uma amiga. - Mentiu - Regina Mills, sabe me dizer se ela está?
O homem analisou James com o olhar, mas não viu problema em fornecer aquela informação.
_Foi retirada pelos homens. - Falou, olhando para os policiais. - Segundo a denúncia, estavam atrás dela.
_Filha da... - James parou, ao receber um olhar confuso do porteiro. - Eu tenho que ir.
Para James, não restava mais dúvidas, a denúncia tinha partido de sua casa.
O ódio tomou conta de seu corpo, ele não podia crer que uma delas havia feito aquilo. Afinal, ele só estava tentando recuperar o que era dele por direito.
_Isso não vai ficar assim. - Rosnou, entrando no carro e se dirigindo até sua casa.
Regina tentava argumentar com os policiais, mas ninguém prestava atenção nela.
Naquela manhã, ela foi arrancada de seu apartamento e levada até a delegacia mais próxima. Segundo um dos policiais que a acompanhava, ela poderia estar em perigo ou algo assim.
Regina não conseguia entender direito, já que ninguém se deu o trabalho de explicar nada. Só a tiraram de casa, a jogaram na viatura e agora estava presa naquela salinha da delegacia.
Quase duas horas depois, o delegado resolveu aparecer e acabar com a angústia de Regina.
_Srta. Mills. - Cumprimentou ao entrar na sala. - Peço desculpas por todo esse aborrecimento.
Ela revirou os olhos, sentindo vontade de socar aquele senhor gorducho.
_É melhor alguém me explicar o que estou fazendo aqui. - Falou, sem esconder a ameaça em sua voz.
O delegado ergueu uma sobrancelha, e lhe direcionou um sorriso insolente, antes de se sentar.
_Recebemos uma denúncia pela manhã. - Disse pausadamente, como se estivesse falando com uma criança mimada. - Achamos melhor averiguar, e ter certeza que a senhorita estaria segura.
Regina franziu o cenho, enquanto tentava processar as informações. Nada daquilo fazia sentido para ela, afinal, ela não era a vítima da história.
_Me tiraram de casa, por causa de uma denúncia anônima?
_A senhorita é um alvo fácil. - Ele falou, arrancando um sorriso dela. - Todos já sabem que é herdeira das construtoras Mills, que mora sozinha e bem... Você é uma jovem mulher desprotegida.
Regina mordeu o lábio, na tentativa de segurar o riso que tentava escapar.
Era muita tolice alguém achá-la delicada e desprotegida, muito pelo contrário, Regina exalava perigo. Ninguém nunca tentaria algo contra ela... Não alguém que tivesse o mínimo de inteligência e amor a vida.
Quando chegou ao Brasil, Regina fez "negócios" com muitas pessoas, entre elas, alguns traficantes que conheceu através de Killian.
Nenhum daqueles homens eram páreos a ela, e eles sabiam disso... Não tinha razão para que ela sofresse um ataque. Ninguém em sã consciência, faria algo assim.
Regina só conhecia uma pessoa idiota o suficiente para tentar algo... James!
Ela respirou fundo, e se virou para o delegado.
_Fico agradecida pelos cuidados. - Disse com a voz doce. - Mas eu preciso ir, tenho negócios a resolver.
_Desculpe senhorita, mas não acho...
_Fique despreocupado doutor, eu tenho meu segurança particular. Nada vai me acontecer.
O delegado a observou por um momento, e decidiu que era melhor libera-la já que a denúncia não tinha se confirmado.
_Tudo bem, a senhorita pode ir. - Falou, abrindo a porta para ela passar. - Entre em contato caso note algo diferente.
_Farei isso.
Regina saiu da delegacia cuspindo fogo, passou a manhã toda e grande parte da tarde, naquele lugar horrível. Estava muito irritada, e doida para descontar tanta raiva em alguém.
Ela revirou a bolsa até encontrar o celular, e ligou para o primeiro número que apareceu.
_Diga patroinha. - Killian atendeu.
_Me encontre no antigo balcão. - Ela ordenou.
_Não vai dar. - Ele disse baixo. - Estou com uma gata agora, sabe como é...
_Você tem dez minutos. - Ela cortou. - Ou vou atrás de você e arranco suas bolas com minhas próprias mãos.
Ela sorriu ao ouvir Killian engolir em seco, e encerrou a chamada antes que ele pudesse responder.
O velho balcão ficava a algumas quadras do prédio de Regina, não demorou muito para que ela chegasse até lá.
Killian dispensou a mulher que estava com ele, e acatou as ordens de Regina. Ele não gostava de ser tratado como capacho, ou de receber ordens o tempo todo, teria arrancado a cabeça dela a muito tempo se não fosse o laço de gratidão que o unia a ela.
Ele conheceu Regina durante uma viagem que havia feito a trabalho. Ele tinha uma encomenda para entregar, mas acabou sendo pêgo e estaria perdido se não fosse por ela.
Essa era a única razão para aturar as chatices de Regina.
_Cinco minutos atrasado. - Regina falou, assim que ouviu os passos de Killian.
_Para que tanto mau humor? - Ele sorriu, se sentando no balcão. - Aposto que é falta de sexo.
_Não brinca comigo. - Ela sorriu de volta. - Ou posso cumprir o que prometi.
Ele desfez o sorriso e fechou as pernas, fazendo Regina gargalhar.
_Então, para que tanta urgência?
_Estou voltando da delegacia.
_E te deixaram sair? - Debochou.
Regina revirou os olhos, dando as costas para ele.
_Alguem fez uma denúncia, dizendo que eu estava em perigo.
_Você em perigo? - Ele riu. - Conta outra.
_Não é engraçado, Killian. - Ela repreendeu, murchando o sorriso dele. - Se essa denúncia for real...
_Está com medo, patroinha?
Ela bufou.
_Alguém sabe de algo que eu não sei. - Pensou alto. - Acha que James descobriu algo?
_Isso não importa. - Respondeu sério. - Olha, eu estou achando tudo isso muito divertido, mas acho que já passou da hora de acabar.
_Eu...
_Regina, vai por mim, acabe com ele antes que ele acabe com você. - Ele a alertou. - Não deixe isso sair do seu controle. Vá até lá e mate-o, antes que ele descubra quem você é.
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Revenge | SwanQueen Version
أدب الهواة_Por que a deixou viva? - Um dos capangas perguntou. _Ela é só uma criança idiota. - O patrão respondeu, com tom de desdém. - Não vai fazer mal a ninguém. _Errou! - Ela sussurrou sorrindo. 🚨FANFIC ADAPTADA🚨 Adapted By: @SwanMills07 Original: @Al...