Revenge | SwanQueen Version

22

Regina estava em casa, olhando para o inquérito em suas mãos, e imaginando qual passo dar em seguida.

Ela simplesmente não sabia como prosseguir. James era tão sujo, que ela tinha várias armas contra ele, só não sabia o que fazer com elas.

Matá-lo já era certo, e ela não mudaria de idéia tão fácil, a não ser... Henry! Ele era o único, que podia fazer Regina mudar de idéia, ou adiar sua vingança.

Ela sorriu ao pensar no pai, e na maneira que ele reagiu ao descobrir sobre a vida dela. Regina esperava uma reação pior, algumas acusações talvez, mas não. Henry era um ser tão surpreendente, tão puro, que compreendeu a dor da filha e prometeu ajudar.

Ela não tinha idéia de onde o pai estava, ou do que ele faria. Depois da conversa, Henry saiu desesperado da construtora e ainda não tinha dado notícias.

Regina estava preocupada, pois mesmo sendo brasileiro, Henry não estava acostumado ao lugar, e não tinha metade da malícia dela. Não que fosse um problema, mas Henry era tão bom, que não enxergava a maldade das pessoas.

_Regina! - Alguém bateu na porta. - Abre, eu sei que está aí.

A voz de Emma estava alterada, e um tanto rouca... Algo estava errado.

_Olha Regina, eu preciso falar com...

Regina abriu a porta, e ficou ainda mais confusa, ao notar a aparência de Emma. A jovem loira estava com os cabelos bagunçados, os olhos vermelhos e inchados, o rosto marcado por lágrimas...

Algo estava muito, muito errado :

_O que está fazendo aqui? - Perguntou, ignorando a aparência dela.

Na verdade, Regina estava muito magoada com Emma, pelas palavras que dirigiu a ela em outra ocasião.

O fato dela ser uma pessoa, um tanto má, não queria dizer que gostasse de ter isso jogado na cara. Palavras costumavam machucar bastante :

_Er... Regina, eu...

_Não. - Ela a cortou. - Se veio falar sobre a sua "aspirador", eu não quero...

_Não é sobre a Ruby. - Disse, olhando no fundo dos olhos dela. - Eu preciso que seja forte.

Regina sentiu o coração acelerar. Aquelas palavras não significavam coisa boa, muito pelo contrário, costumavam ser ditas quando...

_O... O que? - Perguntou, já com as pernas bambas. - O que tem pra falar?

Emma estava preocupada com ela, por mais que Regina se mostrasse inabalável, uma notícia como aquela, poderia fazer um grande estrago.

_Fica calma, tá?

_Eu não quero ficar calma! - Gritou, segurando Emma pela gola da camisa. - Diz, o que aconteceu?

_Para de gritar com...

_Mas que porra! - Ela a soltou. - Me diz o que veio dizer, ou vai embora.

Ela estava decidida a não ser influenciada, por aqueles belos olhos verdes. Regina sentia tanta falta dela, dos beijos, do toque... De tudo.

Mas não podia ceder, ainda mais depois de tudo que ela falou.

_O Henry...

Pronto.

Acabou.

Toda a pose, a marra e arrogância... Tudo por água abaixo. Regina desmoronou, ao escutar o nome do pai. Emma não iria até ela, se não fosse algo sério, e lá no fundo, Regina sentia que era grave. Só não queria ter que admitir.

_O que houve com meu pai? - Perguntou baixinho.

O coração de Emma, se partiu em pedaços minúsculos, ao ver Regina daquela maneira. Era a primeira vez que ela não gritava, ou usava de seu tom irônico, na presença dela. A primeira vez que não tinha o que fazer, parou e ficou imóvel, esperando pelo golpe.

Aquilo a atingiu como um tiro :

_Você precisa ter fé, e ser...

_Não quero saber do que preciso, quero saber o que aconteceu com meu pai. É pedir demais?!

Fé. Era uma palavra sem significado para Regina. Ela não acreditava em Deus, em força divina e todo essas coisas.

Regina preferia acreditar em fatos, coisas que ela podia ver e provar.

_Tudo bem. - Ela jogou os braços, em sinal de rendição. - Seu pai está no hospital, ele infartou. Satisfeita?

Regina ficou sem reação. Ela sabia que a saúde do pai estava debilitada, que ele tinha que se cuidar, mas nunca imaginou algo tão grave.

Infarto?

Logo ele, que tinha um coração tão bom, e puro?

Emma ficou observando as reações da moça. Incredulidade. Entendimento. Negação. Dor...

Regina pegou a bolsa na mesa, e a chave do carro, e saiu, sem nem se preocupar com Emma ou em deixar a casa aberta. Ela queria ver o pai.

Ao chegar no estacionamento, Regina foi travada antes de entrar no carro.

_Onde pensa que vai? - Emma a segurou pelos braços.

_Ver o papai noel. - Ironizou. - Estou indo para o hospital.

_Você está nervosa. - Falou. - Não vou deixar que dirija assim.

_Que pena, pois não lembro de pedir permissão.

Emma revirou os olhos. Era incrível, como ela não perdia a ironia, nem num momento delicado.

_Não vou deixar você se colocar em perigo. - Ela tomou as chaves da mão dela, e se direcionou ao banco do motorista. - Vem comigo, ou vai ficar ai parada?

Ela descruzou os braços, bufou e entrou no carro.