1 de maio de 1993

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A festa era realmente esplendorosa e alegre. Com muitos rituais, atividades e comilanças que fizeram o tempo passar sem que ninguém se sentisse fatigado ou melancólico. Bem, ninguém exceto Jean e Helena.

Como ele suspeitou quando recebeu o convite de Amelia, Jean fez com que a noite de celebração se tornasse incômoda para Helena, que deveria estar feliz com o momento de seu casamento. No entanto, a animosidade que sentia pelo antigo amigo era tanta que Helena não conseguiu relaxar e se divertir na festa. Nem mesmo quando participou, junto com a mãe, da dança ao redor do Mastro de Beltane, Helena esboçou um sorriso. Esteve o tempo todo com um semblante sério e concentrado, como se estivesse pedindo fervorosamente por algo naquela noite.

Quando chegou o momento da cerimônia de casamento, o dia já tinha virado, mas ninguém estava cansado. Todos queriam celebrar aquele momento que deveria ser o mais feliz da vida do casal.

Jean estava de pé na segunda fileira de pessoas na frente do pequeno altar montado para a cerimônia. Ele observava o noivo, Guilherme Brown, que olhava para o chão com um olhar conformado. O fantasma sabia que o jovem não queria aquela união, mas a faria por exigência dos costumes e de Amelia, assim como de seus próprios pais.

Assim que Helena começou a percorrer o corredor formado pelos visitantes em frente ao altar onde Guilherme esperava, Jean fez questão de se virar e observá-la. Tamanha foi sua surpresa quando a pegou olhando para ele com olhos tristes. Imediatamente lembrou-se da situação que a levou àquele casamento.

 Imediatamente lembrou-se da situação que a levou àquele casamento

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31 de outubro de 1992

Jean estava desnorteado com a visão à sua frente. Piscou diversas vezes para tentar apagar o que via, mas foi em vão, pois nada poderia impedi-lo de ver a jovem que considerava uma sobrinha trajada apenas com a roupa de baixo na sala de estar onde eles tinham compartilhado um vinho na noite anterior.

Helena tinha enchido o lugar com velas vermelhas, que Jean desconfiou serem aromáticas, pois tinha visto algumas delas na loja de Amelia e a amiga mais velha tinha lhe dito do que se tratavam. A jovem mulher de pele levemente bronzeada e cabelos negros também tinha enchido o chão e o sofá de pétalas de rosa, e passado óleo corporal sobre toda sua pele. Era óbvio para Jean que ela estava tentando seduzi-lo.

— O que estás fazendo? — ele perguntou, deixando o costume de falar com inflexões esquecidas pela língua escapar por entre os lábios, tamanha era sua surpresa com a situação.

— Estou te seduzindo — Helena respondeu com um sorriso travesso enquanto se aproximava dele.

Jean ficou exatamente onde estava, sem conseguir se mover nem para se afastar como realmente desejava. Encorajada pela falta de atitude dele, Helena começou a se esfregar contra seu corpo, antes de enlaçar seu pescoço com as mãos e puxá-lo para mais próximo a fim de lhe dar um beijo.

O véu que nos separa (Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora