cama

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Callie adentrou o quarto procurando pela aluna que acabara de entrar correndo para o banheiro

-Eu tô  só  trocando de roupa.

-Certo.

Nesse meio tempo aproveitou para observar o ambiente de luz baixa

Ari havia deixado os livros espalhados na mesa junto de vários objetos pessoais

Calliope estava prestes a segurar o tecido de seda que estava na cadeira quando ouviu o som do destrancar da porta, recuando com o susto

-Prontinho.

-Ótimo. Vamos?

-Vamos.

As duas saíram do quarto sem mais palavras.

Uma tensão pairava por ali de modo que não conseguiam se olhar.

Calliope esperou que ela subisse primeiro, dando espaço para que passasse a subir a escada

Quando chegaram ao topo da escada Arizona esperou que a anfitriã a guiasse para dentro de uma das portas

Callie entrou ligando uma luminária fraca.

-Aqui é meu escritório.

Robbins deslizou os olhos por todo ambiente, sentindo um perfume doce impregnado ao cheiro de livros novos:

As prateleiras de madeira clara iam até o teto com a mistura de livro coloridos e plantas em frascos de vidro. Arizona notara que tinham mais dessas até o fundo da sala.

No meio da biblioteca um sofá de veludo, ao lado uma vitrola repleta de discos velhos

alguém tem preguiça de se levantar...

-É muito lindo. É a biblioteca dos sonhos do pinterest.

-Que bom que gostou.

Sorriu não entendendo muito bem a referência

A morena sentou-se em uma das poltronas de frente para o sofá

{Música agora}

-Pode sentar-se, Arizona.

a mulher obedeceu

-Bom, vamos começar conversando onde queremos chegar com nossas aulas. O que queremos, Robbins?

-Bem...

Começou pesando cada uma de suas palavras

-Não vou mentir que veio mais o sentimento de fã do que outra coisa quando enviei o e-mail. Eu tenho um fascínio por cada um de seus livros. Eu nem sei como expressar tamanha admiração.

Robbins corou levemente ao perceber os olhos negros cravados em seu rosto e corpo de forma que pareciam  onipresentes

-Isso já não é novidade. O que eu quero saber é o por quê.

que abusada!

Calliope levantou-se de repente indo em sua direção, sem desviar sua visão

-Sabe o que eu sinto?

Caminhou como um felino caçando sua presa:

Devagar e concentrada.

-h-hum?

sentou ao lado da aluna aninhando as pernas em baixo de si

-Que você tá mentindo pra mim.

Entre Linhas - CalzonaOnde histórias criam vida. Descubra agora