festa

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Arizona esperava a água morna preencher sua banheira.

Não conseguia se mover.

Parada ali, escorada na porta do banheiro.

Sua cabeça, que até então parecia cansada e vazia, forneceu uma nova frase:

Estou viciada

Não estou viciada em nada não, viu? Credo

Sorriu ao pensar que não tinha nada para se viciar.

Ninguém para ser seu vício mais obscuro.

Que dói o peito, adormece a boca.

Embriaga.

Lembrou do seu poema que nunca foi desenvolvido: nunca amou para escrever.

Meu deus! preciso anotar isso agora.

Saiu correndo pelo quarto, procurando seu caderno.

O buscou em sua bolsa, o levando de volta para o banheiro.

"Queria dizer que estou viciada.

                   Em que?"

Escreveu delicadamente, como se fosse um bilhete de amor.

Entrou na banheira.
Se sentia exausta.

Fechou os olhos, escorando a cabeça no mármore.

Parecia ter travado uma batalha.

Particularmente, o mais interessante é que hoje só tinha dado uma aula.

Mas parecia quando fez sua primeira palestra.

Como se tivesse entrado na academia ou tido uma crise nervosa.

Suas mãos estavam suando mesmo dentro da água, e seus pés formigando.

Okay eu vou morrer...

Respirou fundo, em busca de controlar a ansiedade.

Exercício da psicóloga: repasse seu dia inteiro.

1- cheguei na Universidade;

2- April me falou por mais 3 horas da festa;

3- Dei aula...

Seu pensamento pausou ali, quando lembrou da moça que a tinha cumprimentado.

O nervosismo pareceu ter aumentado, e uma onda de tremor passou em seu corpo.

Robbins já tinha esquecido dos muitos detalhes de seus traços, lembrando apenas de sua presença.

Parecia que a mulher carregava enérgica sensualidade...

O banheiro nesse momento parecia ter o cheiro amadeirado de sua sala de aula, até sua memória olfativa ser invadida pelo perfuma doce da morena.

Sentiu sua intimidade pulsar, como aconteceu mais cedo em sua presença.

Desceu sua mão por ali, enquanto tentava lembrar dos detalhes corporais da mulher.

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-Tô pronta.

A loira saiu de dentro do quarto, procurando sua amiga pela casa.

-April?

Foi em direção a sala.

-Você está linda!

-E você tá uma gostosa.

Deu uma voltinha, para que a amiga observasse seu traje.

-Que bundão.

-Crossfit.

Ari deslizou o pé, de forma que sua perna ficasse amostra pela fenda lateral de sua calça pantolana.

-A blusa tá muito aberta?

Disse passando a mão pelo tecido.

-Está ótima. Você tá muito lesbichic com essa camisa de botão.

-Vamo.

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Música agora (bem importante):

Arizona escutava o som das amigas sentadas em sua mesa se misturar ao ambiente.

Todas riam exageradamente.

Olhou ao seu redor:

Parecia que a cidade inteira se reunia no local.

Respirou fundo, sentindo seu corpo ainda dolorido, e seu peito angustiado.

Muitas mulheres dançavam na pista, e essa parecia a solução:

Bebeu duas doses de tequila e foi em direção ao fervor.

Seus olhos se fecharam ao sentir o vapor quente flutuando no ar.

Seu corpo começou a  se movimentar em ritmo a música.

Talvez a bebida tenha batido rapidamente, mas tudo parecia girar.

Seu coração bateu forte quando sentiu falta do contato direto da multidão com seu corpo.

Seus olhos abriram devagar, em busca do que havia ocorrido.


Os sentimentos ruins desapareceram imediatamente.

Em primeiro, viu a escura e brilhosa hipnose.

Seus olhos travaram ali.

As tantas pessoas que antes dançavam  pareciam ter desaparecido.

Ali estava o motivo de sua tensão: sua nova aluna.

A moça de cabelos longos dançava como se o mais pervertido demônio tivesse entrado em seu corpo.

Parecia luxúria, quente.

Tudo aquilo de ruim que nós tanto desejamos para si.

A latina era a prova de que Deus e o diabo existem: foi feita para provocar o mais intenso desejo e sensualidade.

Minha nossa senhora. Eu vou...

Robbins sufuco um gemido quando a mulher a sua frente parou os movimentos, abrindo os olhos em sua direção.

-Arizona...

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{Tentei voltar o mais rápido que consegui.
Espero que gostem e obrigada pela leitura♡}




Entre Linhas - CalzonaOnde histórias criam vida. Descubra agora