Ato 8

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Acordo assustado com o peito ardendo. Meu rosto é molhado pela a chuva de meus olhos nublados, tão nevoado que é impossível enxergar corretamente. Minha respiração é entrecortada, ao ponto de me deixar sem ar por um curto momento. A cada minuto, segundo, sentado em minha cama eu me sinto vazio.

— Jimin?

Escuto a voz adentrando meus ouvidos, como uma corrente suave de mel. Me levanto grogue, segurando minha cabeça com medo da mesma cair de tão pesada que aparenta. Meu corpo parece amarrado a cama, pois o objeto fofo me chama para cair novamente, uma mãe abrigando seu filho nos braços.

— Taehyung? — Pergunto com a voz tão vazia, um buraco vazio. Meus olhos se encontram com seus azulados, grandes íris brilhantes que chamam atenção de qualquer coreano.

— Encontrei você desmaiado na boate. Se lembra de algo? — O moreno pergunta curioso por uma resposta imediata. Seus lábios eram repuxados por seus dentes cruéis, indicando o nervosismo.

— E-Eu...não lembro de nada, nada mesmo. — Respondo sincero, porém acho que essa sinceridade trouxe um arrepio em sua espinha.

— Sabe quem sou, né bebe?

Tolo. É óbvio que sei.

— Kim Taehyung. Meu namorado. Olha, eu não perdi a memória eu só não me lembro o que aconteceu — Respondo suspirando fundo, não tenho paciência alguma para esses tipos de perguntas.

— Onde esteve antes de apagar? — Sua mão passa por meus fios revoltosos, enquanto a outra pousa gentilmente em minhas mãozinhas e as acaricia gentilmente.

Meus dentes começam a maltratar automaticamente meus lábios rechonchudos, e meus olhos se estreitaram, enquanto engulo toda a saliva que se concentra em minha cavidade bucal. Eu não sei se deveria ser sincero, dizer tudo o que vi e sei, e perguntar o que caralhos está acontecendo, ou somente fingir que nada aconteceu. Nessas horas um desespero se alastra por meu corpo, e me faz sentir um relógio pesando em meus ombros, ressaltando meu tempo sendo perdido.

— Eu fiquei esperando você no corredor, e então, eu...

— Você?... Por favor me conte, amor. Eu não deixarei com que isso seja descartado, quem ousou te tocar, pagará pelos seus  atos. — Sua boca se torce. As mãos apertam mais fortes as minhas, juntando meus dedos em quase um.

É explícito seu fogo e sede por vingança, de algo que nem ao menos tem consciência, o que me assusta ao ver o tamanho de suas chamas por algo pequeno. Me pergunto porque tanto desespero com tão pouca informação, é de alguma forma estranho essa atitude para uma ação tão pequena quanto um desmaio. Tenho receio a partir de agora se devo continuar a contar.

Não. Eu o prometi que não iria mais mentir.

— Eu pensei em tomar um ar na varanda, porém eu vi três homens conversando sobre... sobre você. — Meus olhos nadam em lágrimas, e meu nariz começa a fungar. Taehyung consegue entender, passando as mãos gentilmente em minhas bochechas, impedindo que as lágrimas escorram para mais longe.

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