F o u r || Ciúmes

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Já tinha se passado alguns dias, Todoroki frequentemente fazendo visitas a uma certa cafeteria e conversando com a moça, já que já tinham o número um do outro, sempre quando ele ia dormir o bicolor deseja boa noite para morena e o mesmo desligava o celular, com um sorriso bobo nos lábios e dormia pensando nela e na sua vida, pensando no porque de ter tanta curiosidade pela moça e porque se sentia tão bem só em ouvir a voz dela ou ler uma mensagem da mesma. Era estranho como as coisas tinham evoluído tanto em poucos dias. Hoje era véspera de Ano Novo e o mesmo só pôde ir à cafeteria às três horas da tarde, ele estava se arrumando para ir, porque vê-la pessoalmente era melhor do que só conversar por mensagens. Às vezes ele perguntava o que ele sentia por ela, se era amizada ou algo a mais, sempre ficava corado em pensar que poderia ser algo a mais.

Ele ajeita seu cabelo, se olhando no espelho, logo depois decidindo que já estava bom, começando a sair de casa. Após quinze minutos o bicolor já tinha chegado na cafeteria, mas para a sua surpresa ela estava atendendo alguém, um cara de cabelos pretos, tom de pele claro, não dava para ver a cor dos seus olhos, pois o mesmo estava de costas para ele. Logo ela começou a rir de algo que o cara falou e ele também riu, logo se levantou e abraçou Momo, o que fez Shoto arregalar os olhos, eles eram tão íntimos assim? O garoto logo se despediu dela, quando passou pela porta foi a mesma hora que Todoroki entrou na cafeteria, passaram lado a lado, mas não se olharam.

A imagem dela rindo pra aquele cara rondou a cabeça de Shoto e ele se sentiu estranho, escolheu a mesa que sempre escolhia e lá ficou, com a cabeça baixa. Será que ele era namorado dela ou algo do tipo? Não era possível... ela não teria dado o número dela assim se tivesse... ou teria? O pior é que ele não tinha perguntado à ela se ela era solteira e como ela é uma mulher muito bonita...

— Shoto?

A voz da mulher o fez voltar a realidade, ele à olhou. Ela estava sorrindo, mas ele estava com sua expressão normal, não tinha dado nem um sorriso pequeno como fazia nas outras vezes que entrava naquela cafeteria. A mulher estranhou, mas decidiu não falar nada sobre.

— Err... O que você deseja? — Pergunta ela sem graça.

Ele desviou o seu olhar.

Bubble tea. — Pediu sem se importar com o que ia beber.

Ela começa a anotar no bloco de notas que estava na sua mão, ao terminar ela o olha.

— Somente?

— Sim. — Falou sem muito humor.

A mulher percebeu que ele estava mais frio que o normal, ficando um pouco nervosa, guardando a caneta no bolso.

— E-então eu já volto com o seu pedido!

Ele nada falou, somente desviou o seu olhar, ela suspirou e saiu, indo providenciar o pedido do mesmo.

Enquanto isso o mesmo ficou perdido em seus pensamentos, talvez ele tenha sido meio frio com ela e o mesmo não entendeu o porque, o seu humor estava bem antes de sair de casa, mas se sentiu estranho desde que entrou na cafeteria. Quando olhou pra ela não sentiu aquela vontade de sorrir para a cumprimentar e sim uma sensação que ele sentiu poucas vezes na sua vida. Mesmo já tendo sentido ele se perguntava se era aquilo mesmo ou outra coisa.

Será que eu estou..., ele pensou, olhando  para sua mão e a fechando, sentido ciúmes dela?

A verdade é que aquele cara o incomodou um pouco, em todo esse tempo que ele esteve perto dela eles nunca se abraçaram e ela parecia feliz em falar com ele. E se ele fosse alguém que ela considerasse muito em sua vida? Ele não teria chance com ela... Mas desde quando ele quer uma chance com ela? O que ele estava pensando?!

Dias Antes Do Ano Novo Onde histórias criam vida. Descubra agora