Capítulo 23 - Ombro Amigo

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O cinema era incrível. Cecilia podia dar os créditos a National City por terem o restaurado, entretanto, não podia não dar os créditos a Gustavo e, provavelmente, Loise pela decoração. Na entrada do cinema até a sala que Gustavo tinha fechado para eles assistirem havia uma trilha de pétalas de rosas pelo chão, formando um tapete. As luzes estavam parcialmente reduzidas, dando um ar mais romântico ao ambiente, Cecilia acreditava que devia haver um cara num violão em algum lugar, só esperando um sinal, porque não era possível aquilo. A loira estava custando a acreditar que havia encontrado alguém que não só a entendia, se preocupava com ela, mas também alguém que quer perder seu tempo fazendo esses grandes gestos somente para ela.

Cecilia: Gustavo isso está... - Cecilia diz mas suas palavras morrem no final das frases, de emoção - Essas flores estão... Isso tudo é ...

Gustavo: Loise que deu a ideia das flores - Gustavo diz enquanto ambos seguiam o caminho até a sala, o moreno ia explicando o que fez em cada parte do cinema - Ele disse que eu devia compensar cada buquê que eu não dei esses anos todos que havia sido um babaca com você. Coisas como: Dia das mulheres, dia das mães, aniversários, parabéns por algo na empresa, essas coisas.

Cecilia: Eu não acredito que ela disse isso. - Cecilia fala negando com a cabeça. Onde Loise havia aprendido a ser assim?

Gustavo: Acho que Loise era uma Luthor antes mesmo de todo mundo pensar nisso - Gustavo diz e Cecilia assente concordando. Logo um coro de risadas os dois é escutado, até no seu primeiro encontro lembrariam da garota que havia mudado suas vidas. - Então senhorita Santos... - Gustavo fala segurando na maçaneta da porta - Bem vinda ao seu encontro. - Gustavo fala abrindo e revelando a sala de cinema.

Era uma sala relativamente normal, tirando todas as máquinas de lanches da cantina ali, as pétalas continuaram o seu caminho até as cadeiras onde eles sentariam, que já tinha de antemão os lanches prontos e colocados.

Cecilia: O que vamos ver? - Cecilia pergunta quando os dois finalmente se sentam e a loira pega a pipoca colocando no colo

Gustavo: Então... - O moreno põe a mão na nuca novamente - Eu e Loise ficamos discutindo horas sobre qual o seu filme favorito...

Cecilia: E...?

Gustavo: Não chegamos a nenhum consenso. - Gustavo fala e Cecilia ri - Você tem muitos filmes favoritos Cecilia!

Cecilia: Mas conhecendo vocês dois, tiveram uma solução para isso.

Gustavo: Não chegamos a um em comum, mas chegamos a dois. - Gustavo fala e Cecilia assente. - E não vou contar antes. Quero surpresa.

Cecilia: A não...

Gustavo: Shi... - Gustavo fala já evitando os protestos da loira - Vai começar. - O moreno fala e assim que começa os créditos iniciais, Cecilia solta um grito

Cecilia: TITANIC! - Ela grita e se vira para Gustavo - Você quer que eu borre minha maquiagem no nosso encontro?

Gustavo: Ninguém mandou seus filmes favoritos te fazerem chorar. - Gustavo fala - Agora vamos assistir - O moreno fala e se vira para a tela, notando após alguns minutos um calor na sua mão e logo uma sensação familiar. Cecilia estava assistindo com sua mão segurando a de Gustavo, o coração do moreno havia errado uma batida com o gesto tão simples mas tão significativo.

(...)

O Luthor estava concentrado, já era o final de Titanic, a famosa cena da porta. O Luthor não chorara, mesmo finalmente entendendo o quanto aquela cena era de alta carga emocional, mas ele não chorou, não chorou porque um mundo sem Cecilia nem sequer era imaginável, entretanto, fungados baixos foram captados por sua audição, e se a cena não havia a destruído, ver Cecilia chorando fez isso.

O AcordoOnde histórias criam vida. Descubra agora