Afago

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Às vezes a alma grita,
Chora em um canto escuro,
Sufocada, sem voz,
A alma se cala, sorrateira,
Buscando cura solitária.

Nessa gangorra da vida,
Um afago é tudo que ela pede,
Busca pela paz, pela serenidade,
Ela, eu, nós.

Mas só encontra perturbação,
Nesta vasta cidade,
Naquele dia, suposto verão.

Tudo nublado ao acordar sem esperança,
Na vida, Naquela manhã incerta,
Sabendo da ausência sua.

Não sentir mais seus dedos em meu cabelo,
Sua mão entrelaçada à minha,
Jamais ver seu sorriso,
Ou ouvir sua voz, amorosa.

E percebo então,
Que nenhum outro afago será suficiente,
Para preencher o vazio deixado por você.

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