Indiferença Cultivada

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De tantas aventuras vividas, eu
Era o mal.
De todas as histórias contadas, eu
Era a vilã.
Até em todas as minhas lembranças
Estava lá toda a maldade.
Estava a dor, o rancor e todo o amargor da vida que minha alma carregava em uma caixinha.

Mas existirá provas.
E mesmo que, apenas lá no fundo do meu peito, floresça o bem.
Mesmo que seja grandioso e intenso.

Mesmo que pelo universo, que me veja como salvação.

Nada irei fazer.
Nada irei sentir.
Pois com a indiferença e o abandono,
Fui cultivada.
Tendo o rancor como bálsamo
E a tristeza como testemunha.

Da negativa
Que estavam jogando em mim.
Do vazio que tentaram me colocar,
Sem imaginar nada além da vala
Que eu poderia possuir.

Sigo em frente, fria e insensível como fui obrigada a ser.


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