The One That Got Away

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2. The One That Got Away, Yoonmin.

Tudo começou de fato no ensino médio, você era um dos garotos mais populares e desejados por todos

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Tudo começou de fato no ensino médio, você era um dos garotos mais populares e desejados por todos. Sempre menti para meus amigos dizendo que não tinha o menor interesse em você e odiava seu sorrisinho gengival.

  Nunca imaginei que o primeiro passo para você fazer parte da minha vida seria em uma daquelas festas que sempre acontecia na casa do Jackson e do Namjoon. Você como sempre usando sua jaqueta de couro — Que eu dizia para os garotos que fedia e iria apodrecer no seu corpo. — Seus anéis de prata e tudo aquilo que te fazia exalar aquele charmoso estilo de "Badboy".

  Eram exatamente 20:30 da noite quando ouvi o meu celular tocar, assim que atendi meus ouvidos foram tomados por uma música alta e alguém do outro lado tentando falar mais alto que ela.

– Que porra é essa, Taehyung? – Disse assim que reconheci a voz do mais novo.

– Jiminnie, coloca uma roupa prestativa agora! Eu vou passar aí com o Gguk para te buscar.

– Primeiramente, aonde você acha que eu vou essa hora? Meus pais nunca vão me deixar sair. — Foi o que eu tinha dito, mas minhas atitudes diziam o contrário, Eu já estava procurando uma roupa para a ocasião. – Segundo, como vocês vão vir me buscar se o Jeon tem dezesseis anos e nenhum de vocês tem carro??

– Primeiramente, você vai sair escondido, e segundo, estamos com o carro do Nam. — Pude ouvir aos fundos a voz de Namjoon praticamente implorando para devolverem seu carro e ri. — Chegaremos aí em dez minutos.

– Eu odeio essas festas, por que você continua insistindo em me arrastar para elas?

– Eu sou seu melhor amigo, sei que no final você ama. — Ele disse naquele tom convencido que eu odiava, mas ele sempre tinha razão.

– Sinto que vou me arrepender, Tae.

Se hoje em dia alguém me perguntasse se eu me arrependo de ter ido naquela festa, eu responderia quase de imediato que não, e nunca vou me arrepender.

Naquela mesma noite depois de algum tempo que cheguei na festa, nossos escandalosos grupos de amigos se juntaram, e nós dois acabamos indo para seu Mustang para ter algum momento de paz naquela noite, e assim trocamos nossa primeira conversa a sós.

– Você não é tão mesquinho quanto aparenta ser.

– E você é tão grosseiro quanto aparenta ser.

E foi esse "grosseiro" que foi capaz de me encantar com apenas dez minutos de conversa sendo jogada fora e me fazer derreter por completo nos seus doces lábios.

E depois desse primeiro beijo no seu Mustang veio mais um, e depois desse mais um, e então um pedido de namoro, uma bebedeira, uma transa, e depois outra, e sempre depois de todos os preciosos momentos que vivíamos ali nós simplesmente colocávamos  na Radiohead e jogávamos conversas fora.

– Eu juro, se o Musty — Jeito carinhoso do qual você sempre chamou o carro. — tivesse vida própria ele ia nos xingar pra caralho.

Você disse rindo enquanto acariciava meus cabelos, e eu quis morar naquele sorriso que fazia meu coração errar as batidas.

– É claro que ele ia xingar, o dono dele tem a boca mais suja do que um esgoto!

– Dono não, papai.

– Vai se ferrar, Yoon. — Disse rindo e aproveitei para aconchegar minha cabeça no seu peito.

As batidas descompensadas do seu coração podiam ser melhores do que qualquer música já produzida.

Deitar a cabeça no seu peito e ouvir as batidas do seu coração se tornou um hábito tão comum quanto sorrir ao ver um gatinho fazendo algo fofo. Eu sempre vou dizer que o quê nós tivemos foi sim verdadeiro, todo o sentimento, a serotonina e a ocitocina que corriam por nossas veias foram reais.

Nós construímos e vivenciamos tantas coisas juntos, Min. Sendo elas boas ou ruins, eu nunca quis que se tornassem apenas memórias de um passado distante.

Me lembro do meu aniversário de dezoito anos, nós sete reunidos no apartamento do Jin, a bagunça por toda a casa, som alto, pichações nas paredes do banheiro, risadas altas, sete jovens bêbados e uma felicidade inexplicável.

Ah, e também sua expressão de indignação no dia seguinte quando você viu a tatuagem combinando que nós dois fizemos.

– Como eu concordei com isso??

– Yoongi hyung, não tem nada que o Jimin te peça com carinho que você seja capaz de negar. — O Tae disse como se fosse óbvio e riu quando o Min olhou a tatuagem mais uma vez e fez careta.

– Porra Jiminnie, mas logo um cadeado? Não tinha desenho menos brega? — Você disse me olhando e quem riu dessa vez fui eu.

– Tem um significado bonitinho! E eu estava bêbado demais para raciocinar.

– Todos estávamos, o Hobi sugeriu que vocês tatuassem um cocô e um rolo de papel higiênico. – O Kim disse se segurando para não rir e o Hoseok que estava sentado ao seu lado lhe deu um tapa fraco no braço. — Ai Hyung, me bateu por quê?

– Taehyung, você disse para tatuarem a bunda do Ji e o pau do Yoongi! cadê sua moral para zoar minha sugestão?

Nós quatro rimos e então o Min e eu nos entreolhamos.

– É, a idéia da chave e do cadeado foi a melhor. — Você disse rindo e eu apenas assenti enquanto o acompanhava nos risos.

Também se tornaram lembranças todas as vezes que roubamos as bebidas dos seus país e ficávamos sentados no telhado de casa conversando sobre o futuro e todos nossos sonhos.

Eu sempre quis ser pintor, no meu estúdio haviam várias pinturas feitas pensando em você ou simplesmente feitas enquanto te observava compor no seu caderno que te dei de aniversário.

Todas as telas continuam lá.

Você sempre quis se tornar produtor, e você conseguiu, Yoon. Nós dois conseguimos realizar nossos sonhos e provavelmente nos tornamos quem gostaríamos de ser.

Nós ficávamos horas naquele telhado, e se deixassem passaríamos a noite toda ali, trocando devaneios, fazendo promessas e sussurrando segredos.

Eu moraria e viveria a minha vida toda nesses nossos momentos juntos.

Mas eu não posso viver no passado, certo?

Nós fomos esfriando assim como aquela frente fria que vem no meio da Primavera, sem aviso prévio ou qualquer sinal de que estaria vindo.

Depois de quase dois anos e meio juntos, acabou.

Hoje em dia não sei do seu paradeiro, a última notícia sua que recebi foi que você tinha se tornado produtor de uma famosa produtora.

Às vezes, quando eu sinto sua falta, eu coloco aquelas nossas gravações para tocar.

Te viram no centro da cidade, cantarolando uma das músicas daquela nossa banda favorita.

Hoseok me disse que você removeu sua tatuagem, mas está tudo bem. Eu diria que épocas boas das nossas vidas sempre ficarão marcadas em nós, assim como a nossa tatuagem brega.

Eu quero que seja feliz, e espero que em uma próxima vida eu possa ser seu garoto.

Que em uma próxima vida, o "nós" seja eterno.

1001 trechos que me lembram você.Onde histórias criam vida. Descubra agora