capitulo 9

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Num final de semana, eu e Carlo fomos até a agência que estava publicando nosso livro para uma reunião. Eles nos disseram que o livro já havia se transformado num best seller, e que o público pedia uma segunda edição. Fechamos um novo contrato para um projeto que se realizaria em dois anos, e eu e Carlo iríamos viajar pelo Brasil num tipo de tour durante o lançamento.

Na saída da editora, fomos até uma cafeteria próxima. Estávamos com muita fome e havíamos pulado o almoço por causa da reunião, gravação e tudo o que estava acontecendo. Já passava de duas semanas desde que voltamos a São Paulo.

- Um capuccino e um pão de queijo. - Carlo pediu à moça.

- O mesmo pra mim. - sorri.

- Em dez minutos volto com o pedido. - Ela pegou os cardápios e foi para o balcão.

- Tenho boas notícias. - Carlo sorriu animado. Não sei de onde ele tirou tanta força para estar daquele jeito. Estávamos trabalhando direto desde o começo da semana.

- Fala. - Passei a mão nos olhos.

- Meu amigo contou que umas alas do hospital estão completamente sem uso por causa de obras. Bom, ainda não começaram as obras, mas o local foi interditado. Todos os pacientes foram deslocados para outras alas. Começam a reforma daqui algumas semanas, e até lá só vão ter funcionários pra limpar e os arquitetos que vão fazer as mudanças.

- Isso é ótimo! Então vamos poder gravar lá?

- Isso ele ainda está conversando com os donos do hospital, por que iríamos precisar de alguns dias pra gravação. Não vai ser fácil.

- Se quiserem podemos pagar, sei lá.

- Isso sim. Não sei quanto, mas o dinheiro do livro tem entrado e não estamos usando muito. Se precisar podemos usá-lo.

- Claro, claro... - Segurei um sorriso. - Poderíamos fazer uma visita lá. O que acha?

- Mas nem temos autorização. - Ele riu.

- Podemos ser voluntários, sei lá. Daí conhecemos o lugar e ainda ajudamos o pessoal.

- É uma boa. - Deu de ombros. - Passamos lá essa semana.

Passamos o resto da semana trabalhando muito, e estava sendo desgastante já que eram projetos futuros, que não ficariam prontos em seguida.

Terminei o roteiro da mini série naquela semana. Mandei ao Gusta, Kozera e os outros pra ver se eles gostavam do texto. Na quinta visitamos o hospital e conhecemos o espaço que talvez iríamos gravar. Nos apresentamos como possíveis voluntários e conversamos com um pessoal que trabalha lá. Disseram que as vagas de voluntários já estava cheia, mas que em 2015 poderíamos tentar nos alistar.

Já no final de setembro, Rodrigo - amigo de Carlo e funcionário do hospital - nos ligou e disse que poderíamos ocupar o espaço pelas próximas duas semanas. A primeira coisa que fizemos foi falar com o pessoal de Osasco pra eles virem o mais rápido pra São Paulo e gravar logo a mini série.

- Isso é ótimo! - A voz de Kozera falava no viva voz.

- E quando vocês podem vir? - Perguntei enquanto tirava o almoço do forno.

- Por mim amanhã já estamos aí. Tem que ver com o pessoal. - disse.

- Tem que trazer equipamento. Só temos a câmera do vlog e canal principal. - Carlo comentou. Coloquei o prato quente na bancada e Carlo pegou os pratos.

- Tranquilo. A gente passa na casa do Gusta pra pegar a iluminação e uma das câmeras, daí é só fazer as malas e ir pra aí.

- Depois liga pra avisar quando chegam. - pedi.

- Ok. Até mais. - Se despediu.

- Até. - Eu e Carlo falamos juntos e Carlo finalizou a chamada. - Eles ficam no ateliê ou aqui em casa? - Carlo perguntou.

- Estava pensando nisso. Acho melhor eles ficarem no ateliê. - Nos servi de lasanha. - Eles vão ter mais privacidade assim.

- Verdade. - concordou.

- Melhor irmos lá pra deixar tudo arrumado. Tem muita coisa espalhada e faz uns dias que não usamos os quartos. Temos que limpar.

- Primeiro tenho que colocar o "cinquenta fatos sobre nós" no canal. Deixei pra postar às 14h.

- Ok. Tu posta e a gente vai lá.

- Feito.

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